Ceia de Natal: Confira os itens mais caros e veja dicas de como economizar

Na semana do Natal, aumentam as buscas pelos ingredientes que compõem os pratos tradicionais da festividade. Mas, para preparar a ceia de Natal, muitos consumidores estão sendo surpreendidos na hora das compras. O motivo é a alta dos preços dos alimentos.

Ceia de Natal: Confira os itens mais caros e veja dicas de como economizar. (Imagem: FDR)

Em comparação com os preços do mesmo período no ano passado, o jantar de Natal pode custar cerca de 16% mais caro que o de 2021. A estimativa foi feita pelo economista Fernando Agra, da Universidade Federal de Juiz de Fora, encomendada pela CNN Brasil.

O principal motivo da alta nos preços é a inflação que atingiu o país nos últimos meses. A valorização do dólar também contribui para o aumento de custo dos itens tradicionais de Natal.

Os preços do peru e do chester, que costumam ser as estrelas das refeições natalinas, estão mais caros este ano em relação ao ano passado. O quilo das aves está cerca de 5% mais caro em 2022.

Não vai ser difícil perceber que os derivados do leite e do ovo estão bem mais caros. A maionese apresenta um aumento de até 30% quando comparado com o preço do mesmo período do ano em 2021. O leite condensado e a manteiga, muito usados no preparo das sobremesas da ceia, tiveram uma alta de 32,6% e 23,1%, respectivamente.

Como economizar nas compras da ceia de Natal

A tradição é sempre muito presente nas festividades de final de ano, mas cada vez mais brasileiros estão experimentando outras opções de ingredientes e pratos para fazer compor uma mesa farta gastando menos. Confira as dicas a seguir para economizar na feira do jantar de Natal.

Como o peru e o chester estão entre os itens que registraram aumento de preço este ano, a proteína animal das aves pode ser substituída por outra mais em conta. Uma opção mais barata são as carnes de porco, que apresentaram queda de 3% no preço do quilo em dezembro deste ano.

Os brasileiros que vivem em regiões litorâneas também podem avaliar os preços dos frutos do mar, que não costumam custar caro quando comprados nos mercados de rua ou diretamente dos pescadores e marisqueiros.

As frutas tradicionais das receitas natalinas, como ameixa e pêssego, também registraram aumento este ano. Para economizar com esses itens, vale pesquisar receitas que podem ser feitas com as frutas da estação, que estão mais baratas nos mercados.

Por fim, a dica de ouro é fazer uma lista com os itens necessários, ir às compras com antecedência e pesquisar os preços de diferentes estabelecimentos. Confira a seguir como os valores podem variar em uma mesma região.

Cuidado com a variação de preços

O aplicativo comOferta fez um comparativo entre os preços dos principais itens comprados para o jantar de Natal. A pesquisa foi realizada entre novembro e dezembro de 2022 nos mercados do centro de Belo Horizonte e o resultado impressiona. Alguns preços chegaram a apresentar uma variação de 232% entre um estabelecimento e outro.

A grande diferença de preços atinge principalmente as frutas tradicionais da festa do final de ano, como o pêssego. Em alguns mercados, o preço registrado do quilo do pêssego era de R$ 5,98, já em outros estabelecimentos chegava a custar R$ 19,85. Uma variação de mais de 300%.

Outra fruta muito presente nas mesas natalinas é a ameixa, com preços que podem apresentar uma variação de mais de 100%. O preço do quilo da ameixa nacional foi registrado a R$ 7,90, mas também a R$ 18,99. Já a ameixa importada, que é preferência de algumas casas, também apresenta uma variação de preço maior que 100%, custando de R$ 11,98 a R$ 24,70.

A pesquisa também registrou a variação de 88% no preço do quilo do bacalhau do Porto e de 89% no quilo do pernil com osso. O ingrediente mais polêmico da ceia de Natal também não fugiu da análise. O quilo da uva passa foi encontrado a R$ 21,60 e também a R$ 29,90, diferença de preços que representa uma variação de 87%.

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Emília PradoEmília Prado
Jornalista graduada pela Universidade Católica de Pernambuco. Tem experiência com redação publicitária e jornalística, com passagem pelo Diario de Pernambuco e Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. No portal FDR, é redatora na editoria de renda e direitos sociais.
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