Diante da proximidade do ano novo, o mercado já começa a se perguntar sobre quais serão as perspectivas para as ações da bolsa de valores em 2023. Como forma de tentar descobrir as repostas, os agentes vêm analisando indicativos, tanto no âmbito nacional quanto no cenário global, para 2023.
No decorrer deste ano, a B3, bolsa de valores brasileira, passou por grande volatilidade. Isto já era esperado pelo mercado por conta das eleições presidenciais de outubro.
No mês de abril, o Ibovespa conseguiu ultrapassar a marca dos 120 mil pontos. No entanto, em vários pregões entre os meses de junho e julho, o mais importante índice da bolsa brasileira também chegou a ficar com menos de 100 mil pontos.
Vinícius Teixeira, head da área de Growth da Messem Investimentos, disse que, neste momento, o mercado enfrenta um “otimismo cauteloso”.
Na visão dele, existem diversas incertezas, em especial, na questão fiscal. Entre estas dúvidas ele fala sobre a questão do respeito ao teto de gastos e a indefinição de quem irá ocupar cargos importantes, como a pasta da Economia, por exemplo.
“Isso tudo gera uma certa incerteza, que é o que temos acompanhado no mercado, e intensifica bastante a volatilidade”, disse ele ao Suno. Teixeira enxerga que isso deve se estender até os nomes que integrarão o novo governo sejam revelados.
Bolsa em 2023
Sobre a Bolsa de Valores no próximo ano, ele disse crer que este receio do mercado permanecerá ate ao menos o primeiro trimestre de 2023.
Ele acredita que o mercado terá um pouco mais de paciência ao passo que os agentes comecem a entender qual será o viés político do novo governo comandado por Lula.
Vinicius declarou que a bolsa de valores do nosso país possui ativos bastante descontados. Ele explica que a bolsa local é uma das que tem as ações mais baratas do mundo, especialmente depois das recentes quedas. “Ao mesmo tempo, temos visto empresas reportando lucro consideráveis.”
Por fim, Teixeira disse ao Suno acreditar que o começo do ano que vem deverá ser “mais lento, com o mercado digerindo os acontecimentos”. Baseado no histórico dos outros mandatos de Lula, ele diz que o petista “tende a ter esse aceno ao mercado, em algum momento”.
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