Criptomoedas: Fundador da FTX é preso nas Bahamas

Nesta segunda, 12, o cofundador da exchange de ativos digitais FTX, Sam Bankman-Fried, foi preso nas Bahamas. O empresário, que caminha para a falência, foi acusado pelas autoridades americanas de perpetrar uma fraude em massa que financiou um estilo de vida luxuoso.

Foram reveladas pelos promotores dos Estados Unidos oito acusações criminais contra Sam e os reguladores federais afirmaram que ele cometeu diversas violações da lei de valores mobiliários e de derivativos. O empresário, que vivia em uma luxuosa cobertura nas Bahamas, foi preso por lá noite de segunda.

O detalhamento dos crimes cometidos por Sam foi feito pelos promotores após semanas de especulação a respeito do destino do empresário após a FTX, que se tornou uma das maiores exchange de criptos do mundo, quebrar em novembro.

O empresário será indiciado nas Bahamas e pode ser extraditado para os Estados Unidos. “Senhor. Bankman-Fried está revisando as acusações com sua equipe jurídica e considerando todas as suas opções legais”, explicou o advogado de Mark Cohen, através de um comunicado ao valor.

Ontem, 13, a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) alegou que a FTX levantou um monte de mais de US$ 1,8 bilhão, incluindo US$ 1,1 bilhão de cerca de 90 investidores americanos, através de um “esquema orquestrado para fraudar investidores”, que adquiriam acreditando que a FTX tinha controles apropriados.

A comissão explicou que o empresário enganava os investidores, dizendo que a FTX tinha controles de risco sofisticados e que seus ativos estavam seguros. O  regulador explicou em sua queixa, que na verdade o empresário estava usando o dinheiro deles como uma “linha de crédito virtualmente ilimitada” para a trading Alameda, ao passo que ocultava riscos e escondia os detalhes a respeito do relacionamento da FTX com a trading.

Cerca de 100 entidades ligadas à FTX, incluindo a Alameda, entraram com pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos em 11 de novembro.

Antes mesmo da prisão de Sam e bem antes de sua fortuna se esfarelar, os promotores federais de Manhattan já vinham investigando a FTX como parte de uma pesquisa mais ampla de exchanges de criptoativos e possíveis violações de lavagem de dinheiro sob a Lei de Sigilo Bancário.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.