Segundo o American Express Global Business Travel, ao longo do próximo ano as passagens aéreas vão ficar mais caras em todo o mundo, com um encarecimento de até 12% nas rotas Europa-Ásia e de 10% nos voos entre a América do Norte e o continente asiático. Saiba mais.
A Ásia, que foi um dos locais que mais demorou a suspender as restrições relativas à Covid-19, deve passar por um dos reajustes mais altos por conta de demanda, explicou a Amex GBT através de seu relatório Air Monitor 2023. As projeções econômicas relativamente fortes da região também podem subir os preços, de acordo com o grupo.
As causas que provocaram estes reajustes nas taxas globais são inflação, custos mais elevados dos combustíveis e restrições de capacidade nos voos.
As tarifas mais elevadas entre a Europa e a Ásia também são um reflexo do impacto de um redirecionamento das rotas para evitar o espaço aéreo russo, que fica além dos limites de diversas empresas aéreas após a guerra na Ucrânia. Este desvio pode deixar a viagem até três horas mais longo e isto aumenta o gasto com combustível e demais custos.
As passagens aéreas já estão com preços altos desde o período pré-pandêmico, que causou um caos para as viagens e obrigou as empresas a diminuirem a capacidade. Os mercados centrais, como os Estados Unidos e a Europa, passaram por entraves para dar conta do aumento de demanda quais as restrições acabaram.
O encarecimento de 12% na rota Ásia-Europa é referente a tarifas da classe econômica, ao passo que os preços das passagens de classe executiva para voos entre os continentes devem ficar 7,6% mais cara em média. As tarifas para América do Norte-Ásia podem encarecer 5,6% na executiva.
Comparando com 2019, as passagens aéreas da Ásia para a América do Norte na classe econômica vão encarecer cerca de 23%, ao passo que classe executiva elas ficarão cerca de 15% mais caras.
“As viagens estão se recuperando na Ásia-Pacífico e devem crescer à medida que os países continuam a reabrir, mas os atuais obstáculos econômicos globais mostram continuidade da turbulência à frente”, explicou Harris Manlutac, chefe de consultoria da Amex GBT para a Ásia-Pacífico.