Aprenda a quitar as suas dívidas até o final do ano

Se tem uma coisa que muitas pessoas sabem é que não é uma tarefa fácil organizar a vida financeira. Para fazer isso é preciso comprometimento e uma mudança de postura em relação à renda mensal. Saiba que sair das dívidas não é algo rápido de se conseguir em grande parte dos casos, mas com um bom planejamento é possível encerrar de uma vez por todas o ciclo de endividamento. 

O professor do curso de Ciências Contábeis da Unicid Walter Franco ressalta que sair das dívidas é tarefa difícil e que exige bastante determinação.

“Normalmente a pessoa se torna inadimplente por manter o padrão de consumo e gastos acima de suas capacidades financeiras, nada mais que isso. Obviamente, existem exceções como gastos inesperados com doença, família, etc., mas em todos os casos, cuidar das contas e honrar seus compromissos é essencial”, considera.

É fundamental discutir e renegociar com o banco, por exemplo, um desconto nos débitos e tentar redefinir prazos e valores conforme suas capacidades de pagamento.

O aumento da renda familiar é uma saída da inadimplência. Uma pesquisa feita pela Acordo Certo que mostra que 77% dos entrevistados gostariam de ter uma atividade extra, mas não sabem como fazer. Isso prova que ainda falta conhecimento sobre a alternativa para grande parte da população.

Assim, Walter afirma: ter uma renda extra é uma ótima alternativa. “Uma renda extra, combinada com mudança de hábitos de consumo e contenção de desejos de consumo em excesso, pode contribuir para a eliminação dos problemas financeiros da maioria da população.”

O professor diz que conhecer quais são os tipos de dívidas mais comuns permite que a pessoa tome decisões mais assertivas e se planeje da melhor forma possível para realizar o pagamento em dia. “Vale destacar que em cenários de crise econômica e de alta inflação, o endividamento deixou de ser resultado apenas do descontrole financeiro e se tornou algo comum, causado por diversos fatores”.

Entre os principais tipos de dívidas da atualidade, Franco destaca o cartão de crédito. “Principalmente quando não é paga a fatura do cartão na sua totalidade no fim do mês, pois os juros encontram-se bem altos atualmente. Outros fatores de endividamento são o uso indiscriminado do cheque especial e de crédito pessoal para fins pouco relevantes que, num segundo momento, acaba por onerar o consumidor. Enfim, toda dívida contraída em excesso, e a despeito de seu custo ou taxa de juros, irá se tornar um problema se não for quitada nos prazos combinados originalmente.”

Por fim, o professor de Ciências Contábeis da Unicid salienta que para evitar novas dívidas, aulas de educação financeira são importantíssimas. “As pessoas precisam entender de juros, câmbio, custo do dinheiro, custos dos mais diferentes instrumentos de crédito e diferenças essenciais. Bem como a importância de nunca gastar mais do que recebe sob a forma de rendimentos. Dívidas novas devem ser evitadas como solução de dívidas antigas.”

Unicid

Fundada em 1972, a Universidade Cidade de São Paulo – Unicid é referência na formação de profissionais da área da saúde, com cursos tradicionais e pioneiros na região como Fisioterapia, Odontologia, Enfermagem e Medicina

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.