DÉCIMO TERCEIRO da maioria dos brasileiros será usado de forma irresponsável. Você se encaixa nisso?

Os trabalhadores brasileiros com carteira assinada estão recebendo ao longo desta semana, a primeira parcela ou depósito único do 13º salário. Entre os trabalhadores que possuem este direito, 35% pretendem usar o dinheirinho a mais para fazer compras natalinas.

De acordo com dados da Pesquisa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) a proporção de entrevistados que pretendem economizar, poupar e investir diminuiu de 34,2%, no último ano, para 28,7% em 2022.

Foi mostrado ainda que 21,9% das pessoas desejam gastar mais nas festas de Natal e Ano Novo, ao passo que 21,1% devem adquirir produtos que desejam e 16,6% usar o dinheiro para pagar dívidas.

Do total de entrevistados na pesquisa, 15,3% desejam direcionar recursos para compras do dia a dia, 14,9% querem pagar contas básicas, 13,2% vão pagar impostos e tributos de começo de ano e 9,2% pretendem viajar.

A pesquisa entrevistou consumidores das 27 capitais do país, sendo que do total 53,2% receberão o 13º salário, com uma incidência mais alta entre integrantes das classes A e B e de pessoas acima de 55 anos

O 13º salário será depositado na conta de  63,9% das pessoas que compõem as classes A e B e a 49,5% dos membros das classes C, D e E.

Por fim, a pesquisa também revelou que 54,9% dos entrevistados tem a intenção de realizar trabalhos extras para subir a renda e poder adquirir mais presentes de Natal. Entre as pessoas com idade de até 54 anos e das classes C, D e E, esta parcela chega a 60%.

Na visão da educadora de finanças Carol Stange, diante da subida do nível de endividamento, as famílias precisarão achar maneiras de obter mais dinheiro, uma vez que não existem mais “pontas” para cortar do orçamento.

Na visão da profissional, o pagamento do 13º Salário pode ser um grande aliado, no entanto, o mais importante é ter ciência de sua situação por completo.

“Se não entender por que entrou nas dívidas, qual é a origem, e se não readequar o orçamento familiar para a nova realidade, o 13º vai resolver por um prazo específico. É como se a pessoa tomasse o remédio para tirar o sintoma, mas não tratasse a doença”, disse ela ao E-Investidor.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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