Na última sexta, 18, depois de uma abertura tranquila no mercado financeiro nacional, o comportamento dos agentes financeiros ficou novamente abalado, diante das incertezas fiscais que vem recebendo todos os olhares.
Boatos de que o ex-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad seria o mais cotado para ficar a frente da economia no próximo governo, mexeram com os ativos domésticos.
Fora isso, as declarações dadas pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também causaram reações e provocaram uma disparada nos juros futuros, que vinham em queda. A bolsa foi para o terreno negativo, porém o dólar se manteve em sua trajetória de queda.
O Ibovespa, que vinha operando acima dos 111 mil pontos, virou e acabou fechando o dia em queda de 0,76%. A moeda americana também teve queda de 0,50% a R$ 5,3737, no entanto se manteve distante da mínima intradiária de R$ 5,3285.
Já no mercado de juros futuros, no momento do fechamento da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 crescia de 14,15% do ajuste passado para 14,355%; o DI para janeiro de 2025 passava de 13,575% para 13,735%; a do DI para janeiro de 2026 crescia de 13,37% para 13,50%; e a do DI para janeiro de 2027 oscilava de 13,30% para 13,40%.
Tesouro Direto
Na sexta, o mercado de juros operou com grande volatilidade diante das notícias do universo político. Aconteceram duas interrupções nas negociações dos títulos do Tesouro Direto. Após abrir a sessão com a curva de juros futuros em baixa, as taxas aumentaram novamente com as noticias sobre Haddad assumindo o Ministério da Fazenda. A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
De acordo com Jardim, não teve um só integrante da comitiva do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na COP 27 que não saiu do Egito sentindo que Fernando Haddad será escolhido pelo petista para ficar a frente da pasta. Porém, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, falou ao Broadcast do Estadão que “não tem nada definido” ainda sobre esta questão.
Às 16h41, os juros ofertados pelos títulos públicos operam em alta, em comparação às taxas observadas no dia anterior, 17. O Tesouro Prefixado 2025 oferecia retorno de 13,70% ao ano, acima dos 13,41% vistos na quinta. Os papéis atrelados à inflação fazia o mesmo movimento. O Tesouro IPCA+2045 ofertava taxa real de 6,17% ao ano, mais elevada que os 6,10% registrados na véspera.