Diferença salarial ainda existe mesmo com diversos movimentos voltados à igualdade entre as pessoas. Dia da Consciência Negra relembra desproporcionalidade entre trabalhadores no país.
O Dia da Consciência Negra é comemorado em no dia 20 de novembro, são anos de luta por igualdade entre pessoas pretas e brancas. No entanto, infelizmente, não há muito o que comemorar, afinal, a disparidade continua e parece longe de ser efetivamente extinguida do Brasil.
De acordo com os dados do IGBE, o Brasil tem 45% de pessoas pardas e 10,2% de pessoas pretas na força de trabalho. Em termos populacionais, os pretos representam 9,1% e os pardos 47%.
Renda entre pessoas pretas e brancas
Desde 2012 o país não apresenta grandes avanços quanto a renda, atualmente as pessoas pretas ganham 40,2% a menos por hora trabalhada do que as brancas; 10 anos atrás o país registrava a marca de 42,8%.
Outro grupo que também sofre é o de pardos, para eles os ganhos são 38,4% menores do que os recebimentos mensais de pessoas brancas.
A hora trabalhada, em média, para uma pessoa branca é de R$ 19,22; para os pretos R$ 11,49 e os pardos R$ 11,84. Ou seja, para fazer jus ao salário mínimo uma pessoa preta precisa trabalhar mais, cerca de 105,5 horas conta 63 horas que a pessoa branca precisa fazer.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) Contínua, divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam alguns pontos interessantes.
Por exemplo, Pernambuco é o estado em que há menor diferença salarial por hora entre brancos e pretos, 19,4%.
Por outro lado, o Distrito Federal apresenta a maior diferença entre a renda desses dois grupos, o percentual chega a 51%.
Um dos fatores que podem ser apontados como justificativa para essa disparidade é o acesso ao ensino superior.
Em 2021 os pretos e pardos ocupavam apenas 27,3% das vagas em curso de nível superior, mesmo com a existência de cotas.
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