Bolsa de Valores: Petrobras SURPREENDE e se destaca em ranking mundial de AÇÕES

Pontos-chave
  • Petrobras registrou novamente US$ 9,7 bilhões em dividendos no terceiro trimestre
  • A estatal perdeu somente para o banco China Construction e para a mineradora BHP

A Petrobras se manteve entre as principais pagadoras de dividendos do mundo no terceiro trimestre de 2022. Levando em conta os proventos distribuídos entre os meses de julho a setembro, a estatal registrou novamente US$ 9,7 bilhões no período, ficando no mesmo patamar dos pagamentos observados no segundo trimestre, quando ficou  no topo do ranking global.

Ao alcançar os maiores proventos em um terceiro trimestre da história, a estatal perdeu somente para o banco China Construction, que está entre os quatro maiores da China e para a Mineradora petroleira BHP, que ficou na segunda colocação no terceiro trimestre.

Estes dados são da 36ª edição do Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson, que foi publicado pelo InfoMoney. 

É analisado a cada trimestre pelo relatório as 1.200 maiores companhias do mundo por capitalização de mercado, que respondem por 90% dos dividendos pagos em todo planeta. A gestora britânica possui cerca de US$ 275 bilhões em ativos sob sua administração.

A Petrobras é a única empresa do Brasil a aparecer na lista das dez maiores pagadoras de dividendos do mundo. Antes ocupando a quarta posição, a mineradora Vale despencou para a 15ª posição no terceiro trimestre deste ano. No trimestre em questão, os dividendos da mineradora totalizaram US$3,261 bilhões,  uma queda de 56% em relação ao comparação com o mesmo período em 2021.

Esta é a segunda vez que a Petrobras figura entre os destaques do Índice Global de Dividendos. De acordo com a Janus Henderson, com o total de dividendos acumulado ao longo do ano até o momento, de US$ 19,4 bilhões, com a soma do segundo e terceiro trimestres, é possível que a companhia seja a segunda maior pagadora de dividendos do mundo em 2022, atrás somente da BHP. 

A listagem será revelada no começo do ano que vem. Em 2021, a BHP também obteve a posição de maior pagadora de dividendos do mundo, de acordo com o ranking da gestora.

Aqui no Brasil, agentes do mercado financeiro possuem questões sobre as chances de a Petrobras se manter no nível atual de distribuição, por conta da alteração no governo federal, com o novo governo comandado por Luiz Inácio Lula da Silva. Integrantes do PT vem demonstrado desapontamento com os pagamentos feitos pela estatal.

10 maiores pagadoras de dividendos no mundo no 3º trimestre

De acordo com a pesquisa, os dividendos globais bateram um recorde no terceiro trimestre, com um total US$ 415,9 bilhões. Em termos nominais – que leva em conta a variação em dólares – o aumento foi de 7%. Em termos subjacentes (com ajustes devido ao efeito cambial e aos dividendos não recorrentes), o salto foi de 10,3%.

Em todo o mundo, 90% das companhias que aparecem no ranking cresceram os seus dividendos ou permaneceram estáveis – ficando um pouco abaixo das 94% registradas no primeiro semestre do ano.

Por conta da crise energética, os dividendos dos produtores de petróleo e gás foram os maiores impulsionadores do aumento observado nos proventos do terceiro trimestre. 

Estes aumentaram em três quartos para um recorde de US$ 46,4 bilhões, compensando  a redução dos dividendos de mineração, que encolheram em meio a redução no preço das commodities minerais. No terceiro trimestre do ano passado, os dividendos dos produtores de petróleo e gás totalizaram US$ 26,5 bilhões. O aumento foi de US$ 19,9 bilhões.

Além da Petrobras, as únicas empresas do Brasil que entraram no Índice Global de Dividendos do terceiro trimestre foram Vale (US$ 3,261 bilhões), Weg (US$ 172 milhões) e Bradesco (US$ 48 milhões). A Ambev e JBS, não apareceram no ranking do terceiro trimestre.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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