Preço da gasolina volta a subir após eleições. Veja a média nacional

As eleições foram encerradas no último domingo, (30). Um novo presidente foi eleito e Jair Bolsonaro continuará na chefia do Executivo Federal somente até dezembro. Seus esforços para reduzir o preço da gasolina tiveram um prazo de validade restrito.

Preço da gasolina volta a subir após eleições. Veja a média nacional
Preço da gasolina volta a subir após eleições. Veja a média nacional. (Imagem: FDR)

Como já era de se esperar, as tratativas de Bolsonaro junto à Petrobras para conter o preço da gasolina foram mantidas somente até o segundo turno. O valor médio dos combustíveis já voltou a subir nos postos do país. Esta já é a terceira semana consecutiva de alta

De acordo com a apuração feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média de preço da gasolina teve um avanço de R$ 4,88 para R$ 4,91 o litro na semana de 23 a 29 de outubro. A alta observada no período analisado foi de 0,6%

O preço da gasolina mais caro encontrado nos últimos dias foi de R$ 7,34. O litro do etanol hidratado também ficou mais caro nos últimos dias, passando de R$ 3,54 para R$ 3,63, um avanço de 2,54%.

Já é a quarta alta seguida no preço deste combustível após um sequência de cinco meses em queda. O preço mais alto encontrado pela ANP nesta semana foi de R$ 6,90.

Por outro lado, o diesel teve uma leve queda no preço do litro, que recuou de R$ 6,59 para R$ 6,56. A redução foi de 0,45%, de modo que o valor mais alto encontrado foi o de R$ 7,99.

No mês de junho, os preços do litro do diesel e da gasolina atingiram patamares extremos, jamais pagos pelos consumidores desde que a ANP começou a fazer o levantamento em 2004. Os dados da agência dão sinais de estabilização nos preços dos combustíveis, após semanas consecutivas de forte queda.

Entenda a queda no preço da gasolina

Os preços dos combustíveis vinham sentindo o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), adotada pelos estados após sanção do projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral, que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.

Além disso, a Petrobras tem promovido sucessivos cortes nos preços de venda da gasolina e do diesel para as refinarias. A queda nos postos de combustíveis é influenciada também pelos preços do petróleo, que têm caído no mercado internacional.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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