E as eleições de 2022 finalmente foram decididas e Luiz Inácio Lula da Silva assumirá a presidência a partir do próximo ano. Na manhã desta segunda, 31, dia seguinte a decisão das urnas, indicadores do mercado financeiro passaram por uma verdadeira montanha-russa enquanto investidores ajustavam as carteiras com o pouco que era possível prever sobre o que vem por aí na encomia do país.
O saldo foi positivo para os investimentos em ações no final da sessão de ontem. A B3, bolsa de valores brasileira, fechou o dia em alta de 1,31%, com o Ibovespa indo a 116.037 pontos.
Já o dólar comercial à vista recuou 2,60%, sendo cotado a R$ 5,1640, após o salto acima dos R$ 5,40 no começo do pregão.
Embora tenha ocorrido esta valorização em grande parte das ações nesta segunda, especialmente as pertencentes a empresas potencialmente beneficiadas por políticas públicas aguardadas para uma gestão do PT, aconteceu uma significativa queda nos preços dos ativos de companhias controladas pelo governo.
Os papéis preferenciais da Petrobras, que são os mais negociados da empresa na B3, caíram 8,47%. Já as ações do Banco do Brasil, encolheram 4,64%.
Os juros DI (Depósitos Interbancários), como são denominais as taxas desses contratos negociados entre bancos e que são usados como base para todo o setor de crédito, também tiveram queda no curto, médio e longo prazos.
De acordo com especialistas de mercado financeiro, o que vem por aí nos próximos dias nos indicadores financeiros mais relevantes para observar a confiança de investidores da economia (Ibovespa, dólar e juros) irá depender das indicações de Lula para a condução da economia e também da reação de Bolsonaro e de seus apoiadores à derrota.
A projeção de uma transição tranquila de poder entre o governo que está saindo e o que está chegando juntamente com um posicionamento supostamente moderado por parte de Lula, traz ao mercado de câmbio nacional um respiro, ao passo que investidores começam a focar na agenda fiscal do próximo governo.
Agora, uma das prioridades do mercado é saber quem Lula irá indicar para comandar a equipe econômica, especialmente em meio a um medo persistente a respeito das futuras regras fiscais no Brasil.