Recentemente, o noticiário informou que o governo Bolsonaro pretende deixar de corrigir o salário mínimo pela inflação, e retirar despesas com educação e saúde do cálculo final do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Após isso, o ministro da Economia, Paulo Guedes fez acusações.
Paulo Guedes negou a proposta de reajustar o salário mínimo abaixo da inflação, e o fim da dedução de alguns gastos no Imposto de Renda. A declaração foi realizada nesta segunda-feira (25), em live da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).
Conforme o ministro da Economia, as informações divulgadas são “militância da mídia”. Paulo Guedes atribuiu a notícia a petistas que estariam infiltrados no ministério.
Conforme o ministro, essas pessoas estariam divulgando antigos estudos — ou que não passaram pelo ministro para a imprensa. O intuito, segundo ele, seria de desgastar a campanha presidencial de Bolsonaro.
“Algum, possivelmente petista dentro [do ministério da Economia], pois eles contrataram 160 mil pessoas. Deve ter muito petista dentro do ministério”, declara Guedes.
“Eles pegam um trabalho que não tem o menor aval nosso ou apoio, e jamais decidimos qualquer coisa nessa direção e aí fazem um trabalhinho deles, interno, coisa deles mesmo, e passam para jornalistas”, complementa.
Campanha de Bolsonaro busca contornar situação
Segundo apurado pelo Valor, como forma de superar a crise após a divulgação do noticiário, a campanha de Bolsonaro promove ajuste na estratégia.
Os coordenadores da campanha de Bolsonaro perceberam o impacto do noticiário sobre economia na candidatura do atual presidente por meio de pesquisas qualitativas por indecisos. Essas pessoas alegaram que mudariam o voto devido ao temor diante do risco de desvalorização do salário mínimo.
Em meio à notícia negativa, a campanha presidencial se apressou para organizar uma contra-ofensiva — para reduzir os impactos negativos eleitorais.
Nos últimos dias, tanto Guedes quanto Bolsonaro se revezaram em declarações públicas e entrevistas. O foco tem sido negar as notícias relativas ao salário mínimo e Imposto de Renda.
Em horário eleitoral nesta terça-feira, Bolsonaro prometeu que, em possível reeleição, reajustará o salário mínimo e de servidores públicos acima da inflação. Ele também se posicionou a favor da isenção de Imposto de Renda para brasileiros que recebem até R$ 6 mil.