Nesta segunda, 24, bilionários que possuem negócios na China perderam cerca de US$9 bilhões em decorrência das queda nas bolsas depois da confirmação de Xi Jinping para o seu terceiro mandato como presidente.
Conhecido como Pony Ma, Huateng da Tencent, e Zhong Shanshan, que é presidente do Conselho de Administração da Nongfu Spring e a pessoa mais rica do país, perderam cerca de US$ 2 bilhões cada um por conta da queda das ações de suas empresas, depois de o Partido Comunista comunicar no domingo os sete integrantes de seu Comitê Permanente, capitaneados por Jinping e que integram a cúpula do poder político no país, segundo o Índice de bilionários da Bloomberg.
Não foram incluídos Jack Ma, do Alibaba Group; Robin Li, da Baidu, e Richard Liu, da JD.com, uma vez que suas empresas estão listados nos EUA, apesar das ações terem caído na negociação pré-mercado.
Esta movimentação de Xi para deixar seus aliados mais próximos do topo das posições de liderança do Partido Comunista Chinês vem provocando uma preocupação constante de que a repressão do governo chinês sobre a riqueza e os negócios privados vão permanecer.
As ações listadas na Bolsa de Hong Kong tiveram seu declínio mais acentuado após um Congresso do Partido Comunista desde a sua fundação em 1994, ao passo que yuan atingiu seu nível mais baixo desde janeiro de 2008.
“A queda de hoje reflete o sentimento frágil dos investidores”, afirmou Kenny Wen, chefe de estratégia de investimento da KGI Asia em Hong Kong. “As pessoas estão apenas tentando segurar e procurar mais implicações para a economia chinesa após a remodelação”.
As pessoas mais abastadas da China, mesmo antes da queda registrada no começo da semana, iriam enfrentar o seu pior ano em uma década diante da política dura de “COVID Zero”, que foi colocada por Xi.
Mesmo que a permanência de Xi no poder não tenha sido uma surpresa, a seleção dos integrantes do Comitê Permanente do Partido Comunista Chinês completamente alinhados com ele está quebrando o modelo de liderança coletiva que segurou a ascensão da nação, que agora conta com menos vozes no topo para questionar as políticas impostas por ele.