SEBRAE deve liberar R$ 600 milhões de crédito para EMPREENDEDORES

Nesta semana, o Banco Central autorizou o Sebrae a operar uma “sociedade de crédito direto”. Com isso, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas poderá conceder empréstimos para organizações destas categorias. De acordo com o Sebrae, já são cerca de R$600 milhões reservados para serem emprestados para empresas de todo o Brasil.

O objetivo principal do Sebrae é o de oferecer uma consultoria para empresas de pequeno porte. A idéia é a de trabalhar como uma mediadora entre as empresas e os bancos, trazendo orientações das linhas de crédito mais vantajosas disponíveis naquela ocasião.

Porém, pela primeira vez, operando como uma fintech, o Sebrae poderá liberar os empréstimos de forma direta. É importante ressaltar que a entidade está começando na concessão de crédito com um capital consideravelmente elevado. Em média, as instituições abrem com o mínimo regulatório de R$1 milhão, o contrário do Sebrae que já inicia com R$600 milhões.    

As SCDs não ofertam apenas empréstimos, podendo ainda prestar serviços como distribuição de seguros e cobrança de crédito de terceiros. Sendo assim, é preciso aguardar para conferir os próximos passos do Sebrae, e como irá ser essa liberação de crédito para pequenas e micro empresas.

A chegada desta SCD representa a entrada do Sebrae neste mercado em que a entidade ainda não atuava de forma direta. Até este momento, uma das iniciativas centrais da entidade é o Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas).

Nesta iniciativa, o Sebrae opera como avalista em operações de crédito para pequenos negócios efetuados por cerca de 20 instituições financeiras parceiras, lista que inclui o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, DesenvolveSP, Bancoob, Banco Original, Bmg, e outras.

Até o início deste ano, o Fampe avalizou cerca de 479 mil operações, sendo responsável por liberar R$ 25,3 bilhões em crédito, segundo informações de seu site.

“O Sebrae tem experiência com fundo garantidor e tem no seu conselho bancos como Caixa e BB. Não sei como vai soar isso. Pode ser uma boa, mas para gerir uma SCD precisa ter experiência”, disse ao Finsiders uma fonte na matéria que foi publicada no mês passado.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.