A regulação do preço da cesta básica é uma forma da população entender os preços gerais do comércio de alimentos. Ela também funciona para o entendimento dos produtos consumidos pela população de baixa renda no Brasil.
Ultimamente, seu valor vinha sendo alvo de aumentos consideráveis que dificultavam a alimentação da população. O alto preço dos produtos da cesta básica reflete em dificuldades para poder ingerir os nutrientes necessários.
Esses aumentos são bastante prejudiciais porque costumam afetar, principalmente, as classes com renda mais vulnerável. Quando os preços da cesta básica se alteram, quem mais sente é o grupo que não tem elasticidade no orçamento para abarcar mudanças mais custosas.
Por essas razões, alguns produtos derivados de setores que tiveram um aumento de custo, lançaram misturas. Alguns compostos lácteos, que custam menos, mas também tem um valor nutricional menor. E isso pode acarretar, a longo prazo, em um déficit. Pois o que cabe no orçamento nem sempre é o mais interessante para consumo.
Fatores externos e internos são condutores das mudanças e nos custos de vários dos produtos presentes na cesta básica. A guerra na Ucrânia, por exemplo, aumentou o preço nacional do óleo, que foi afetado pela demanda de exportação. Outro alimento que também estaria sendo afetado pelo conflito exterior é o feijão.
Já os derivados do leite estariam mais custosos por uma questão de época do ano e do preço dos combustíveis. A produção e a distribuição requerem, muitas vezes, a locomoção e o uso de maquinário que depende de preços diretamente ligados ao petróleo. E a subida desse afeta o repasse aos consumidores.
Diminuição no preço da cesta básica
Em setembro, o preço da cesta básica registrou uma queda em relação ao mês de agosto deste ano. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o custo teve uma redução de 5,3%. Isso significa uma queda de R$345,24 para R$ 326,96.
Se analisados os comparativos do mês de julho, o percentual da queda aumenta significativamente. Naquele mês, o preço do conjunto de alimentos era R$ 362,84 para os consumidores.
Daquele período até a atualidade, as maiores quedas foram percebidas justamente nos produtos citados acima. O leite longa vida (-15,49%), óleo de soja (-11,83%) e o feijão (-10,17%) foram produtos que auxiliaram na redução do valor geral da cesta básica.
A cesta é composta por 12 produtos considerados essenciais ao consumo do brasileiro. Então, a queda significativa do valor de qualquer um deles impacta o conjunto. Por isso, o aumento nas produções nacionais gera a tendência na queda de preços. Confira os produtos que fazem parte da cesta básica:
- Açúcar;
- Arroz;
- Café moído;
- Carne;
- Farinha de mandioca;
- Farinha de trigo;
- Feijão;
- Leite longa vida;
- Margarina;
- Massa/macarrão;
- Óleo de soja;
- Queijo.