FMI faz alerta sobre TEMPOS SOMBRIOS para a ECONOMIA mundial

Na última terça, 11, o FMI (Fundo Monetário Internacional) deu um alerta nada animador ao apresentar o “Panorama Econômico Mundial” de outubro deste ano. Foi dito que o pior ainda está por vir. Este documento é feito a cada três meses e contém previsões para o futuro da economia mundial.

Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, apresentou os destaques do documento, destacando que mesmo que os resultados da economia global obtidos em 2022 ainda tenham sido razoáveis, os problemas começarão a crescer no próximo ano.“Entre este e o próximo ano, um terço dos países vão entrar em recessão”, afirmou ele.

O FMI não mudou sua previsão de crescimento para este ano em comparação com o ano anterior, que foi de alta de 3,2%. Para 2023, no entanto, a entidade diminuiu em 0,2 ponto percentual o crescimento econômico, indo para 2,7%.

O economista destacou que os choques na economia ao longo deste ano vão ocasionar “feridas” que já estavam começando a cicatrizar depois da pandemia e afirmou ainda que as três economias mais importantes do mundo, Estados Unidos, China e zona do euro, irão sentir os reflexos do baixo crescimento, podendo ficar estagnadas.

“O pior cenário é da zona do euro. A crise de energia vai reduzir crescimento da região para 0,5% em 2023. Existe 25% de chances de que o crescimento global pode ser de menos de 2%, algo que aconteceu apenas 5 vezes desde 1970”, disse ele.

Também foi previsto que este cenário de crescimento em baixa virá juntamente com uma pressão inflacionária mundial que só começará a dar trégua no próximo ano. Pierre afirmou que mesmo com a desaceleração econômica, as pressões inflacionárias “estão se mostrando mais amplas e mais persistentes do que o previsto”. 

Em meio a esta situação, é previsto pelo FMI que a inflação mundial bata um pico de 9,5% em 2022 para desacelerar 4,1% até 2024.

Dólar 

Também foi abordado pelo FMI o fortalecimento do dólar e uma tentativa de acalmar os mercados emergentes afirmando que esta alta está sendo puxada por questões de fundamentos e não por conta de desequilíbrio do mercado.

Na visão do FMI, a melhor resposta para esta questão em países emergentes e em desenvolvimento é “calibrar a política monetária para manter a estabilidade de preços” ao passo que devem deixar as taxas de câmbio se estabilizarem.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.