Foi adotada pelo Banco Central, uma nova metodologia com objetivo de medir a concentração do sistema financeiro, levando em consideração os quatro maiores bancos e não mais os cinco maiores. Com isso, o Banco Santander saiu deste grupo. Esta informação está no Relatório de Economia Bancária (REB).
De acordo com o BC, as quatro maiores instituições do país são: Caixa, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú. Seguindo a nova métrica, o grupo deteve 59,3% do mercado de crédito no ano passado, uma redução de 0,1 ponto percentual ante 2020. O grupo ainda era responsável por 60,1% dos depósitos, 1,6 pontos percentuais a menos que no ano anterior.
“A queda da concentração é observada em todos os agregados contábeis e, de forma mais intensa, nos depósitos totais”, disse o relatório. Sobre os depósitos, o grupo respondia por 75,9% no segmento bancário e 70% no não bancário. Já os ativos totais das cinco maiores instituições equivalem a 74,9% do total do segmento bancário e 65,2% do não bancário.
“A RC4 (os quatro maiores bancos) mede o grau de concentração por meio da soma das participações das quatro maiores instituições financeiras em um dado mercado”, disse o texto. De acordo com relatório o conceito é “tradicionalmente empregado na literatura e por organismo multilateral”.
Esta nova metodologia é empregada apenas para medir a concentração do sistema financeiro e não traz impactos nas chamadas regras prudenciais. Sendo assim, o Santander ainda faz parte do segmento S1, que concentra os maiores bancos e que, por conta disso, são submetidos a mais exigências regulatórias. Integram este grupo seis instituições, inclusive o BTG Pactual.
Este documento também começou a revelar a concentração por segmento, por controle de capital (público ou privado) e por origem de recursos (livre e direcionado).
O Santander Brasil é a subsidiária do banco espanhol Santander no Brasil. Sediada em São Paulo, no estado homônimo, a operação brasileira entrou em atividade desde 1982 e é parte integrante do Grupo Santander, de origem espanhola, que é o principal conglomerado financeiro da Zona do Euro.