Nesta terça, 4, Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central comunicou que irá apoiar a candidatura de Lula à presidência do Brasil no segundo turno das eleições. A declaração foi dada em uma entrevista ao Estadão Broadcast. Lula irá enfrentar Jair Bolsonaro, que disputa a reeleição ao cargo.
O BC ficou sob a administração de Fraga entre os anos de 1999 e 2002, durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Em 2003, quando Lula assumiu o poder pela primeira vez, quem passou a comandar o Banco Central foi Henrique Meirelles, que inclusive declarou apoio à Lula no primeiro turno.
“Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Mas não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram”, explicou Armínio.
Em sua visão, se Bolsonaro permanecer comandando o Brasil por mais quatro anos, isto irá comprometer o bom funcionamento das instituições do país e, no limite, à própria “qualidade da democracia” brasileira.
Ele, que se denomina como “muito crítico do atual governo”, disse ainda que um possível governo Lula deve ter que lidar com sérias dificuldades no Parlamento. “Com mais poder no Congresso, minhas preocupações aumentaram ainda mais. Em caso de uma vitória de Lula, vai ser difícil governar”, disse Fraga.
Apoio de Henrique Meirelles
Henrique Meirelles justificou seu apoio ao candidato petista através de seu perfil no Twitter. “Na minha opinião, o que interessa à população é emprego, renda e melhor padrão de vida. E mostrar quem faz, quem realiza. Eu acredito em fatos. Eu olho e vejo os resultados. Isso me fez participar hoje do evento de apoio ao Lula com tranquilidade e confiança, porque sei o que funciona, e o que pode funcionar no Brasil”, disse.
Meirelles integrou um grupo formado por oito políticos que já disputaram eleições anteriores e que agora apoiam Luiz Inácio Lula da Silva. Este grupo se encontrou com o candidato em São Paulo.
Logo depois do encontro, Meirelles voltou ao Twitter e relembrou os anos em que trabalhou no governo de Lula, entre os anos de 2003 e 2010. “Neste período, mais de dez milhões de empregos foram criados no Brasil. Isso é um fato inquestionável”.
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