Eleições 2022: com os resultados, quais estatais podem ser PRIVATIZADAS?

Após os resultados do primeiro turno das eleições no último domingo, 2, analistas avaliam quais empresas tem chances reais de serem privatizadas e quais delas terão que percorrer uma estrada mais complicada para que isto se torne realidade.

São Paulo

  • Sabesp

Na visão do Bradesco BBI para a Sabesp, caso o candidato Tarcísio de Freitas seja eleito, a chance da privatização da empresa acontecer é muito alta. Em uma fala, Tarcísio afirmou que a privatização poderia ser considerada caso isso diminuísse as tarifas de forma imediata. Fora isso, outro motivo será o de agilizar os investimentos para aprimorar os serviços de coleta e tratamento de esgoto oferecidos pela companhia.

Minas Gerais 

  • Copasa

Na visão da XP, o caso de Minas Gerais já um pouco diferente. Por lá, o atual governador Romeu Zema foi reeleito no primeiro turno.

Porém, existe um cenário mais complexo para privatizar a Copasa, pois seriam necessárias alterações na Constituição Estadual de Minas Gerais para levar o processo para frente. 

A alienação de uma empresa estatal no Estado precisa atualmente ser aprovada por três quintos dos votos da Assembleia Legislativa e em um referendo popular. Optar por mudar a Constituição do Estado também necessitaria de uma maioria de três quintos dos votos.

Paraná 

  • Senapar e Copel 

Na segunda, os ativos da Senapar e Copel subiram, no entanto analistas de mercado não enxergam possibilidade de privatização do ativo. O governador Ratinho Júnior foi reeleito com 69% dos votos e já sinalizou não ter desestatizações dos ativos no radar.

“Não esperamos nenhum movimento de privatização no curto prazo no Paraná. Talvez depois da privatização bem-sucedida da Eletrobras haja espaço para o Paraná cogitar vender a Copel (e a Sanepar), mas essa é uma discussão que ainda não começou, pelo que sabemos”, apontou o BBI ao InfoMoney, que possui uma  recomendação neutra para Copel e de venda para Sanepar.

Rio Grande do Sul

  • Barinsul

Por fim, no Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni ficou em primeiro lugar em votos com 37,50% contra 26,81% de Eduardo Leite. 

Na visão do gestor Marcos Peixoto, da XP Asset, considerando este cenário, Banrisul (BRSR6) é um ativo privatizável, mesmo que exista uma resistência maior à pauta. “Com Onyx, porém, aumenta a probabilidade. O mercado não vai ficar tão de olho, mas é marginalmente positivo”, disse ele ao InfoMoney.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.