Lula vai acabar com o AUXÍLIO BRASIL? Veja o que diz o candidato sobre o projeto

Destaque nas pesquisas de intenção de votos, o ex-presidente e candidato às eleições 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, ameaça a continuidade do Auxílio Brasil. Nada satisfeito com o lançamento da nova transferência de renda, o petista prometeu retomar o antigo Bolsa Família, programa criado em sua gestão no ano de 2004.

Lula vai acabar com o AUXÍLIO BRASIL? Veja o que diz o candidato sobre o projeto
Lula vai acabar com o AUXÍLIO BRASIL? Veja o que diz o candidato sobre o projeto. (Imagem: FDR)

No entanto, após 18 anos em vigor, o popular Bolsa Família foi extinto em outubro de 2021 na gestão do atual presidente da República, Jair Bolsonaro. No lugar, foi lançado o Auxílio Brasil, em novembro de 2021, responsável por reestruturar a transferência de renda, acabando com “qualquer vestígio petista”

O Auxílio Brasil começou pagando a parcela média de R$ 217,18 para os mesmos 14,6 milhões de beneficiários que já eram atendidos pelo Bolsa Família até ser extinto em outubro de 2021, quando pagou a última mensalidade no valor de R$ 300 junto ao auxílio emergencial

Com o passar dos meses, o Auxílio Brasil passou por ampliações  no número de beneficiários e no valor das parcelas que, em maio, foi fixado em R$ 400, quantia mínima a ser recebida por cada família. 

Após a promulgação da PEC dos Benefícios, o Auxílio Brasil começou a pagar a quantia de R$ 600 para 20,2 milhões de beneficiários. No início do mês de setembro, a folha de pagamentos do programa foi ampliada para 20,65 milhões mediante a inclusão de 450 mil famílias

Auxílio Brasil de Lula

De acordo com o ex-presidente, Lula, será mantido o valor de R$ 600 no retorno do Bolsa Família. Contudo, seu governo pretende pagar um bônus de R$ 150 para cada filho com até seis anos de idade.

A medida prevalecerá até que o mercado de trabalho seja aquecido, conseguindo gerar os empregos necessários para que os cidadãos vulneráveis tenham a capacidade de subsistência sem depender do programa

“Isso é um sonho de qualquer política pública do governo. Gerar empregos, salário, mais empregos, e não ter mais programa de distribuição de renda se todo mundo estiver trabalhando”, afirmou o petista.

Antigo Bolsa Família

O programa destinava um recurso mensal no valor médio de R$ 189 para famílias caracterizadas nas linhas de pobreza e extrema pobreza, com uma renda mensal per capita entre R$ 89 e R$ 178, respectivamente. Mas para receber a cota máxima do programa, o grupo familiar deveria ser composto por gestantes, crianças ou adolescentes de até 17 anos de idade.

Enquanto isso, também existiam alguns outros benefícios complementares que aumentavam o valor mensal do Bolsa Família a depender da composição familiar, se limitando a cinco pessoas por família. Eram eles:

  • R$ 41: para famílias com renda mensal per capita de até R$ 178, e que possuam em sua composição crianças ou adolescentes de até 15 anos;
  • R$ 41: para famílias com renda mensal per capita de até R$ 178, e que possuam em sua composição gestantes, se limitando a nove parcelas mensais;
  • R$ 41: para famílias com renda mensal per capita de até R$ 178, e que possuam em sua composição crianças de até seis meses, se limitando a seis parcelas mensais;
  • R$ 48: para famílias com renda mensal per capita de até R$ 178, e que possuam em sua composição adolescentes entre 16 e 17 anos de idade;

Além disso, o Bolsa Família pagava um benefício complementar para auxiliar as famílias a superarem a condição de extrema pobreza. Este amparo era direcionado a grupos familiares com renda mensal per capita inferior a R$ 89, mesmo após receberem os benefícios complementares mencionados.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.