Em agosto, a taxa média de juros em operações de crédito de pessoas físicas chegou a 34,4% ao ano. Em julho, a cobrança foi de 34,2%. Ou seja, houve uma alta de 0,2 ponto percentual. Os números, divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (28), fazem parte das Estatísticas Monetárias e de Crédito.
De pessoas jurídicas, a taxa média de juros cobrada apresentou queda mensal. Na passagem de julho para agosto, a taxa cobrada de empresas recuou de 21,2% para 18,9% ao ano.
Já ao considerar a taxa média de juros anual cobrada pelo sistema financeiro em operações de crédito, houve uma queda 0,7 ponto percentual. A cobrança diminuiu de 29,4% para 28,7% ao ano, entre julho e agosto.
A elevada cobrança de juros bancários, observada nos últimos anos, acontece em meio ao recente ciclo de aumento da taxa Selic. Atualmente, a taxa básica de juros da economia está em 13,75% ao ano. Este é o maior nível em seis anos. Vale destacar que a Selic influencia as demais taxas de juros do país.
Apesar disso, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a taxa básica de juros foi mantida. Isso aconteceu após doze aumentos consecutivos. Ao elevar a Selic, a autoridade monetária vem procurando controlar o aumento da inflação.
Juros do rotativo chega ao maior patamar em cinco anos
Em operações com cartão de crédito rotativo, a taxa média de juros cobrada chegou a 398,4% ao ano em agosto. No mês anterior, a cobrança média tinha sido de 349,9%. O valor mais recente chegou ao maior nível desde agosto de 2017 — quando tinha atingido 428% ao ano.
O rotativo do cartão de crédito é conhecido por ser a linha de crédito mais cara do mercado. A oferta dessa modalidade acontece quando o cliente não paga o valor total da fatura, mas paga acima do mínimo mensal convencionada.
Ao usar o rotativo, o titular do cartão passa a ficar sujeito ao pagamento de juros e demais encargos. Por conta dos juros elevados, especialistas recomendam que as pessoas evitem essa alternativa — e busquem pagar o valor completo da fatura.