Nesta quinta-feira (22), a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram a Operação Colossus, com o objetivo de reprimir crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e associação criminosa envolvendo criptoativos. Há mandados de busca em seis corretoras de criptomoedas.
Segundo a Polícia Federal, os crimes envolvendo criptomoedas aconteceram entre os anos de 2017 e 2021, mas ainda persistem. As investigações começaram a partir de Relatório de Inteligência Financeira, com comunicações de movimentações bancárias suspeitas.
A PF informa que, devido à complexidade das operações financeiras analisadas, os investigados foram separados em grupos.
O primeiro grupo é o dos arbitradores. Este se responsabilizou pela compra de grandes números de ativos virtuais no exterior, e a venda no Brasil. Para isso, foram feitas remessas de quantias para o exterior acima de R$ 18 bilhões.
O segundo grupo é o das exchanges. Estas corretoras de criptomoedas adquiriram criptoativos dos arbitradores, e a revenda para pessoas físicas e jurídicas. A Polícia alega que havia grandes indícios de envolvimento em ilícitos antecedentes.
Já o terceiro grupo contava com empresas de fachada. Estas companhias compravam os criptoativos de corretoras com o objetivo de lavagem de dinheiro.
Durante as investigações, no período de quatro anos, os investigados movimentaram um total acima de R$ 61 bilhões. Isso aconteceu por meio do sistema bancário formal. No total, mais de 40 instituições financeiras movimentaram dinheiro dos investigados.
Determinações foram expedidas em caso envolvendo corretoras de criptomoedas
No total, 170 policiais federais e servidores da Receita Federal estão cumprindo 101 determinações judiciais expedidas pela 6ª Vara Criminal de São Paulo. Existem duas ordens judiciais de prisão preventiva, 37 ordens judiciais de busca e apreensão — que incluem as seis corretoras de criptomoedas.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Polícia informa que houve a determinação de bloqueio de bens e valores investigados que chegam a cerca de R$ 1,25 bilhão.
Também houve a determinação de sequestro de ativos virtuais titularizados por investigados de 28 corretoras de criptomoedas — que atuam no Brasil e no exterior.
A Polícia Federal vem cumprindo mandados nas cidades de São Paulo/SP, Guarulhos/SP, Franca/SP, Campinas/SP, Santo André/SP; Mogi das Cruzes/SP, Barueri/SP, Rio de Janeiro/RJ, Niterói/RJ, Belo Horizonte/MG, Florianópolis/SC, Caxias do Sul/RS, Recife/PE e Curitiba/PR.