Nesta terça-feira (19), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu o teste para diagnóstico da varíola dos macacos no rol de procedimentos que precisam ter cobertura assegurada por planos de saúde. Desde maio, a doença conhecida mundialmente como Monkeypox, vem se propagando.
Por meio da publicação da Resolução Normativa que atualiza o rol, os beneficiários de planos de saúde que apresentarem indicação médica poderão fazer o teste para detectar o vírus da varíola dos macacos, o monkeypox (MPXV), por biologia molecular.
O exame acontece por meio de amostras de fluidos coletados de lesões provocadas na pele. O procedimento acontece com o uso de um swab, um cotonete estéril, seco.
Inclusão de teste em planos de saúde ocorre em meio a cenário preocupante
Segundo a ANS, a adição do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias em planos de saúde foi realizada de forma extraordinária. Isso por conta “do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo”.
Conforme o Boletim Epidemiológico de Monkeypox número 11 do Centro de Operação de Emergência (COE) do Ministério de Saúde, até o dia 13 de setembro, foram confirmados 5.443 casos da varíola dos macacos no Brasil. Deste total, houve a confirmação de 2 óbitos.
No fim de agosto, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) chegou a enviar um ofício com o pedido de urgência na adição de testes para diagnóstico da varíola dos macacos no rol de procedimentos obrigatórios.
A varíola dos macacos
A varíola dos macacos é uma zoonose viral. A ANS informa que a transmissão da doença por acontecer por meio de contatos com animais, seres humanos infectados. As pessoas também podem ser infectadas ao ter contato com secreções que contêm o vírus.
A monkeypox possui algumas semelhanças com a varíola comum. Apesar disso, os sintomas tendem a ser mais leves. Além disso, a letalidade é consideravelmente menor.
Segundo o Ministério da Saúde, quase sempre, a doença inicia com uma febre súbita, forte e intensa. O paciente ainda possui dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço.
Nos pacientes, também tendem a surgir gânglios (inchaços, conhecidos como “ínguas”). Estes podem ocorrer tanto na região do pescoço, região axilar e região perigenital. A manifestação na pele é chamada de papulovesicular uniforme, que são as lesões ou feridas pelo corpo.