Pedidos de EMPRÉSTIMO têm queda por conta do MESMO motivo

Em agosto, o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian registrou uma queda de 6,5% nas solicitações de empréstimo, em relação ao mesmo período do ano anterior. A redução foi mais expressiva entre as pessoas que recebem até R$ 1 mil por mês.

Pedidos de EMPRÉSTIMO têm queda por conta do MESMO motivo
Pedidos de EMPRÉSTIMO têm queda por conta do MESMO motivo (Imagem: Montagem/FDR)

De acordo com o indicador da Serasa, ao considerar os brasileiros com renda mensal de até R$ 500, foi registrada uma diminuição de 7% nas solicitações de empréstimo.

Já entre os consumidores que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000, a queda foi ainda maior — de 7,8% na demanda por empréstimo.

Com relação às pessoas que contam com maiores rendas, houve menor demanda. Em partes, isso pode ter ocorrido por conta do menor número deste grupo de brasileiros que dependem de empréstimo. Consequentemente, existe uma margem menor de queda no percentual.

O indicador mostra que, entre os consumidores com renda mensal entre R$ 1 e R$ 2 mil, as solicitações de crédito caíram 5,6%. Entre as pessoas com rendimentos entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, a redução foi de 5,0%. Já entre os brasileiros que recebem de R$ 5 a R$ 10 mi, o patamar caiu 4,5%.

Por fim, entre os brasileiros com mais condições financeiras, com renda superior a R$ 10 mil, a diminuição nos pedidos de empréstimo foi de 4,4% em agosto.

Qual empréstimo possui as menores taxas de juros?

Fator que provocou queda dos pedidos de empréstimos

Em nota, o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, afirma que a menor demanda por empréstimos é consequência do aumento da taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a taxa de juros está em 13,75% ao ano — o que representa o maior patamar em quase seis anos.

A taxa Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para manter a inflação sob controle. A taxa básica de juros influencia todas as taxas de juros do país, como de empréstimos, por exemplo.

Por conta disso, quando a autoridade monetária eleva a Selic, fica mais caro tomar dinheiro emprestado. Isso porque os juros cobrados nessas operações ficam maiores.

Em meio ao contexto de instabilidade da economia, o economista argumenta que o crédito mais caro “é um mal necessário”. Isso por conta da estratégia do BC para controlar o aumento dos preços ao consumidor.

Confira a calculadora de empréstimo pessoal do FDR:

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
Sair da versão mobile