Saiba quantas horas é preciso trabalhar para comprar uma CESTA BÁSICA atualmente

De acordo com dados obtidos pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o trabalhador paulista precisou comprometer 66,88% do seu salário para adquirir os produtos da cesta básica. O cálculo considerou as compras feitas em agosto, e o valor do salário liquido do mesmo mês.

Saiba quantas horas é preciso trabalhar para comprar uma CESTA BÁSICA atualmente
Saiba quantas horas é preciso trabalhar para comprar uma CESTA BÁSICA atualmente (Imagem: FDR)

Quem recebe um salário mínimo federal, de R$ 1.212, e mora na cidade de São Paulo, precisou trabalhar 136 horas e 6 minutos para conseguir comprar uma cesta básica em agosto. Ao considerar o desconto mensal de 7,5% da Previdência Social, chega-se ao comprometimento de 66,88% da renda para compra dos produtos.

Para chegar nesse resultado, o Dieese considerou o maior valor cobrado por uma cesta básica no país de R$ 749,78, encontrada justamente na cidade de São Paulo. Usando este parâmetro também foi possível chegar ao resultado de que 19 dias com uma carga horária de 7 horas por dia, seria o suficiente para aquisição da cesta para quem ganha um salário mínimo.

Ao fazer a pesquisa, o Dieese considera os seguintes alimentos como sendo responsáveis por compor a cesta básica do país. Porque são considerados itens padrões nos lares brasileiros, e que costumam ser adquiridos por grande parte das famílias. São eles:

Os preços são pesquisados em supermercados, hipermercados, mercearias, padarias, açougues e feiras.

Inflação vs cesta básica

No dia 9 de setembro o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou o resultado da inflação do mês de agosto. A boa notícia foi que para o mês anterior houve queda de 0,36% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), inflação oficial do país.

O número é bem animador, porque foi o menor índice em 24 anos, desde a contagem para o mês de agosto em 1998. A queda está fortemente ligada aos valores mais baixos para os combustíveis, que após corte do imposto ICMS e de redução da Petrobras para as refinarias, caiu de preço nos postos de combustíveis.

Ainda assim, o IBGE mostrou que houve aumento dos alimentos e bebidas no índice de 0,26%.

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Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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