De acordo com a consultora McKinsen & Company que lista os países com maior inflação, o Brasil ocupou a 8ª posição neste ranking. A instituição informou que as expectativas do país era de que este índice ficasse em 5% no ano de 2022, mas apenas em junho este resultado já havia sido dobrado, e chegava a 10%. Países de todo o mundo foram analisados pela consultora.
De acordo com o relatório publicado pela consultora McKinsen & Company, a inflação alterou o clima econômico dos países. E foi capaz de, pelo menos, redefinir os caminhos dos próximos anos relativas as economias globais e nacionais por todo o mundo. Depois de analisar vários cenários, os consultores criaram um documento ilustrando o progresso insidioso da inflação.
Não foi apenas o Brasil que superou a expectativa inicial, as taxas reais ficaram duas vezes maior do que as projetadas em vários lugares do mundo. Os países da Europa, por exemplo, foram muito afetados com a inflação. Na Lituânia a taxa inflacionária foi cinco vezes maior do que a esperada, e está em 15,5% ao ano.
E o grande índice se espalha, na Polônia alcança 11%, enquanto o Reino Unido já registra 9%, a exceção fica com a Suíça que somou 3% em inflação. Do outro lado do mundo a Ásia não encontra resultados tão severos, na Índia o resultado foi de 7%, e a Coreia do Sul está em 5%, e na China e no Japão, a inflação permanece com índices baixos.
Enquanto o Brasil ocupa a oitava posição no ranking de piores resultados inflacionários no mundo, ocupam as primeiras posições, do 1 ao 7, os seguintes países: Lituânia, Estônia, Letônia, República Tcheca, Polônia, Eslováquia e Hungria.
Além da inflação, taxa de juros foi avaliada
Quando a consultora analisou a economia mundial, percebeu que com a alta da inflação os juros acabaram subindo dos países afetados. Nesta lista o Brasil ocupa a 6ª posição no ranking de maiores taxas de juros. Foram 4 pontos percentuais acumulados até o mês de junho deste ano.
Junho foi o mês em que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou aumento de pelo menos 0,5 pontos percentuais na taxa básica de juros. A Selic subiu de 12,75% para 13,25% ao ano, sendo que neste ano ela havia iniciado no patamar de 9,25% ao ano.