Salário médio de contratação tem queda em um ano; conheça setor afetado

O trabalhador brasileiro enfrenta momentos difíceis no mercado de trabalho. Recentemente, a situação tem sido evidenciada através do salário médio de contratação que, no período de um ano, teve uma queda de 2,82%. Os dados foram apurados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistema vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência (MTP)

Salário médio de contratação tem queda em um ano; conheça setor afetado
Salário médio de contratação tem queda em um ano; conheça setor afetado. (Imagem: FDR)

De acordo com a pesquisa, o salário médio de contratação dos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil girava em torno de R$ 1.926,54 em julho de 2022. O montante é 2,82% inferior aos R$ 1.982,55 registrados no mesmo período em 2021. Em junho, no entanto, uma breve alta de 0,8% foi identificada, elevando a remuneração média para R$ 1.911,23

O pico foi notado em janeiro deste ano, quando o salário médio de contratação dos trabalhadores formais foi de R$ 1.994,11. Este foi o maior valor desde julho de 2021. Inclusive, o mês de julho consolidou o segundo mês consecutivo com um aumento real na remuneração média

Salário médio de contratação por setores

Ao analisar os 20 principais grupos de atividades econômicas, os menores salários de contratação no mês de julho se concentraram nos postos de alojamento, alimentação, agricultura, pecuária, pesca e comércio.

Em contrapartida, as maiores remunerações foram pagas aos trabalhadores que executam atividades financeiras e em organismos internacionaisVeja a seguir, o salário médio de contratação por setores no decorrer do mês de julho:

  • Alojamento e alimentação – R$ 1.493;
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura – R$ 1.674;
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas – R$ 1.686;
  • Atividades administrativas e serviços complementares – R$ 1.774;
  • Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação – R$ 1.830; 
  • Outras atividades e serviços – R$ 1.834;
  • Indústrias de transformação – R$ 1.928; 
  • Transporte, Armazenagem e Correio – R$ 1.941; 
  • Atividades imobiliárias – R$ 1.994; 
  • Construção – R$ 2.005; 
  • Saúde Humana e Serviços Sociais – R$ 2.080;
  • Educação – R$ 2.169;
  • Artes, Cultura, Esporte e Recreação – R$ 2.381;
  • Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas 0 R$ 3.012;
  • Administração Pública, Defesa e Seguridade Social – R$ 3.197;
  • Eletricidade e Gás – R$ 3.601;
  • Informação e Comunicação – R$ 3.769;
  • Atividades financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados – R$ 3.946;
  • Organismos Internacionais e Outras Instituições Extraterritoriais – R$ 6.523.

Os salários iniciais seguem menores que as remunerações dos profissionais que saem dos empregos. Em julho, o salário médio real dos trabalhadores demitidos foi de R$ 1.988.

Ou seja, 3,17% acima do salário médio de contratação  de R$ 1.927. Em um ano, o único mês que teve o salário de desligamento menor que o de admissão foi janeiro.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.