FGTS DO FUTURO: veja quem pode recorrer ao fundo para comprar a casa própria

Foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional o chamado FGTS do futuro. O objetivo é usar as parcelas que ainda serão depositadas no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para abater o valor da compra da casa própria, e aumentar o poder de compra do trabalhador. Essas parcelas futuras serão consideradas como renda do financiador do imóvel.

FGTS DO FUTURO: veja quem pode recorrer ao fundo para comprar a casa própria
FGTS DO FUTURO: veja quem pode recorrer ao fundo para comprar a casa própria (Imagem: FDR)

Vai funcionar quase que como um consignado do fundo de garantia. Ao solicitar o financiamento imobiliário o trabalhador permite que o FGTS do futuro seja usado como forma de comprovação de renda. Neste caso, o banco vai considerar 8% do valor do salário bruto do cidadão que é depositado todo mês no fundo, para abater o valor total da compra.

Nesse caso o trabalhador abre mão de receber o FGTS em um outro momento, e concorda em permitir que todos os valores que forem depositados na sua conta sejam debitados pelo banco. Os pagamentos somente voltam para o cidadão quando a parcela da dívida que deve ser paga dessa forma for totalmente zerada.

A recomendação dos especialistas é que o cidadão coloque na balança os riscos e vantagens dessa operação. Considerando que o trabalhador não vai mais acumular saldo do FGTS, e caso seja demitido vai precisar arcar com a dívida da mesma forma.

Quem pode usar o FGTS do Futuro?

A ideia é que o FGTS do futuro possa aumentar o poder de compra do cidadão. Dessa forma, o valor mensal de pagamento deve subir o que vai resultar na possibilidade de adquirir um imóvel mais caro. Hoje, se o cidadão não pode assumir uma parcela muito alta, ele também não tem direito de comprar um imóvel mais caro.

No entanto, o Ministério do Desenvolvimento Regional limitou os grupos que poderão utilizar esse recurso priorizando aqueles que podem recorrer as taxas de juros do Casa Verde e Amarela. Sendo eles:

  • Famílias com renda mensal bruta de até R$ 4,4 mil;
  • Trabalhador com registro em carteira;
  • Trabalhador que tenha saldo positivo no FGTS;
  • Quem não tem outro imóvel em seu nome.

A expectativa para que os bancos comecem a operar essa modalidade no financiamento imobiliário é fevereiro de 2023. Isso porque, existe um prazo de pelo menos 120 dias desde que o sistema foi criado para que os bancos se adaptem a nova modalidade.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com