A inflação de agosto atingiu a marca de 8,73%. O resultado foi o aumento no preço dos produtos alimentícios, com destaque para o leite e a cebola entre uma lista variada que pesa cada vez mais no bolso do consumidor.
Mesmo com a prática da deflação, o ato de reduzir as embalagens em meio à alta do preço, o alívio não foi generalizado. Determinados produtos continuam caros em virtude da alta no acumulado de 12 meses. No conjunto observado, os alimentos tiveram uma alta de 15,63% desde setembro de 2021.
Se tratando dos produtos cuja alta do preço se destaca neste período, está o leite em 60,81% e a cebola a 91,21%. Confira, abaixo, os preços que mais subiram nos últimos 12 meses:
- Cebola: 91,21%;
- Mamão: 82,83%;
- Melão: 79,34%;
- Passagem aérea: 74,94%;
- Melancia: 61,88%;
- Leite longa vida: 60,81%;
- Óleo diesel: 53,16%;
- Manga: 47,05%;
- Café moído: 46,34%;
- Transporte por aplicativo: 43,80%.
Especialistas projetam preço de produtos para 2023
No decorrer de 2022 produtos como carnes, cenoura, batata, cebola e leite estiveram entre os grandes vilões da inflação, pesando no bolso do brasileiro durante as idas aos supermercados.
No entanto, especialistas prevêm melhorias para 2023 na expectativa de que o índice inflacionário total seja inferior ao deste ano, gerando um alívio na alimentação domiciliar.
Projeções de economistas indicam que itens como carnes e alimentos in natura podem até mesmo cair de preço. O cenário esperado para 2023 muda em relação ao projetado para este ano.
Para 2022, a estimativa é de alta de 14% na alimentação no domicílio, em taxa bem superior à inflação de 6,7% esperada para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cheio.
O que é a deflação?
O Brasil teve nova deflação em agosto, de 0,36%, após registrar queda também em julho, de 0,68%. A prática nada mais é do que a inflação negativa, que sinaliza uma queda média dos preços em agosto, ela foi reduzida principalmente pelo grupo de transportes, onde entram os valores dos combustíveis e passagens aéreas.
Por outro lado, sete das nove áreas pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em agosto. Entre eles, alimentação e bebidas, que continuam registrando escalada de preços.
A deflação é uma boa notícia para o bolso do consumidor, que paga menos em alguns produtos, no caso dos combustíveis, a redução dos preços neste grupo pode ter impacto em outros setores no futuro.