Brasileiros ABANDONAM cada vez mais a POUPANÇA

De acordo com informações divulgadas na última terça, 6, pelo Banco Central, no mês de agosto, os saques da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$22,015 bilhões. Esta foi a maior perda líquida da poupança desde 1995, quando a série histórica se iniciou.

Em decorrência de diversos resultados negativos, o saldo total da modalidade foi menor que R$1 trilhão pela primeira vez em dois anos, ficando em R$991,812 bilhões em agosto. Em 2022, apenas em maio a poupança conseguir obter uma entrada líquida, com R$3,514 bilhões. 

Também bateu recorde os saques na poupança, com R$338,258 bilhões. Já o total de  depósitos foi de R$316,242 bilhões. A captação líquida, que é a diferença entre entradas e saídas, na poupança ficou negativa em R$ 12,662 bilhões, em julho.

Considerado o acumulado do primeiro semestre deste ano, a poupança teve uma  captação negativa em R$ 85,167 bilhões. Em 2021, a modalidade de investimento registrou uma saída líquida de R$ 35,469 bilhões.

O resultado obtido no mês passado se juntou ao rendimento de R$ 6,591 bilhões creditados no mês. Fora isso, em agosto, foi registrado que os recursos da caderneta aplicados em crédito imobiliário (SBPE) tiveram um saque líquido de R$ 19,697 bilhões. Já o crédito rural (SBPR), por sua vez, passou por uma saída de R$ 2,318 bilhões.

Rendimento da Poupança

O saque recorde de recursos na modalidade acontece simultaneamente com a baixa rentabilidade da poupança, que vem perdendo para a inflação. Mesmo com a Taxa Selic aumentando para 13,75% ao ano e com a inflação do ano ainda próximo dos dois dígitos, a poupança permanece com o retorno parado em 6,17% ao ano acrescido da TR (Taxa Referencial).

De acordo com projeções realizadas pelo buscador de investimentos Yubb, muitos outros investimentos em renda fixa apresentam melhores resultados, com uma rentabilidade líquida (descontada a inflação e o IR) de até mais de 7% para o período de 12 meses.

Entre estas boas opções estão as debêntures incentivadas, que são títulos emitidos por empresas como forma de financiamento de projetos e operações, LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio). Estas aplicações são isentas do pagamento de IR (Imposto de Renda).

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.