Com a crise financeira, muitos brasileiros passaram a ter dificuldades em pagar suas dívidas, gerando uma enorme inadimplência. Diante disso, candidatos à presidência nas Eleições 2022 prometem ajudar os devedores.
Os candidatos à presidência, Ciro Gomes (PDT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), propõem ajudar os brasileiros que possuem dívidas. De acordo com o Serasa Experian, 66,6 milhões de pessoas estão com nome sujo na praça.
No mês de julho, o endividamento das famílias bateu recorde, chegando a 78%. Os dados são da pesquisa divulgada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
A porcentagem é a maior desde o início da pesquisa, em 2010. Diante disso, o tema é alvo de propostas dos candidatos Lula e Ciro. O FDR explica a proposta de cada um dos candidatos e os analistas mostram se essas são viáveis.
Propostas para endividados apresentadas pelos candidatos à presidência: Lula
O candidato as Eleições 2022 propõe renegociar as dívidas das famílias brasileiras e de pequenas e médias empresas. Com os bancos privados, o governo forneceria incentivos para ter condições melhores para a negociação.
Segundo o economista Alfredo Coli Júnior, coordenador do Serviço de Orientação Financeira da FEA-USP, a medida é válida para resolver as inadimplências. A solução seria aplicada em curto prazo, o que seria muito positivo em um cenário em que há a perda de renda com a alta na inflação.
Propostas para endividados apresentadas pelos candidatos à presidência: Ciro Gomes
Ciro não incluiu em seu plano de governo, mas já falou em entrevista sobre a pretensão de criar a Lei Antiganância. Nessa, o teto de empréstimos do cartão de crédito e do cheque especial seria limitado a 100%.
Assim, as instituições bancárias serão proibidas de cobrar mais de duas vezes o valor de um empréstimo ou de uma dívida. Dessa maneira, quando um brasileiro pagar o dobro do valor da dívida ou do empréstimo deixará de ter o nome sujo.
A proposta de Ciro é mais radical que a apresentada por Lula. Assim, de acordo com Eduardo Correia, professor de economia do Insper, a medida pode gerar diminuição dos empréstimos.
Empresas que atualmente oferecem empréstimos com taxas maiores ou crediários de varejistas não poderiam mais disponibilizar suas modalidades de pagamento em juros. Assim, seria reduzido o tamanho do mercado de crédito.