O ciclo de alta da Selic vem atraindo muitos investidores para a renda fixa. No segundo trimestre, esta classe de investimentos atraiu 11,9 milhões de investidores pessoa física. Isso representa um aumento de 27% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram antecipados pela B3 ao g1.
Entre abril e junho, também houve um aumento no valor em custódia. O valor investido na renda fixa chegou a R$ 1,325 bilhão. Em comparação ao mesmo período de 2021, houve um crescimento de 48% nestes investimentos.
Apesar disso, foi observado um recuo no saldo mediano por investidor — de R$ 8,4 mil para R$ 8 mil. Isso equivale a uma queda de 5% na base anual.
De qualquer forma, os dados da B3 também apontam que as pessoas físicas também alocaram na renda variável. O total de investidores nesta classe mais arriscada chegou a 4,4 milhões. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve uma elevação de 40%.
No entanto, a quantia em custódia na renda variável caiu 17%, para R$ 453 bilhões. Ou seja, o valor alocado na renda fixa foi quase três vezes maior em relação à variável.
No segundo trimestre, este foi o número de pessoas físicas em cada modalidade de investimentos:
- Renda fixa: 11,9 milhões
- Renda variável: 4,4 milhões
- Tesouro direto: 2 milhões
- Ações à vista: 3,2 milhões
- Fundo imobiliário: 1,7 milhão
- BDR: 1,6 milhão
- ETF: 0,535 milhão
Maior investimento na renda fixa acompanha alta da Selic
Como forma de controlar a forte inflação no país, o Banco Central vem aumentando a taxa Selic desde março do ano passado. Desde então, a taxa básica de juros passou por doze altas seguidas. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano — a maior taxa em quase seis anos.
Segundo indicado na reunião mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o indicador deve permanecer alto por um período “suficientemente longo”.
Em meio a este cenário de Selic alta, os investimentos mais favorecidos são os atrelados à própria taxa de juros, ou ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
De modo geral, as aplicações de renda fixa oferecem menos risco em relação à renda variável. Isso acontece porque as condições são definidas logo no momento do investimento. Além disso, diversos ativos de renda fixa contam com a segurança do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
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