Na tentativa desesperada de conseguir apoio às vésperas das eleições 2022, o presidente da República e candidato ao pleito eleitoral, Jair Bolsonaro, revive algumas antigas propostas de campanha. O foco da vez é um projeto que estimula novas contratações no mercado de trabalho, intitulado de Carteira Verde e Amarela.
A proposta que deve chegar ao Congresso Nacional em breve, prevê o estímulo de novas contratações no mercado de trabalho através da redução dos encargos trabalhistas cobrados ao empregador. Segundo Bolsonaro, com menos obrigações fiscais, será possível fomentar a geração de novos postos de trabalho.
“Tem uma proposta que foi rejeitada pela Câmara no ano passado. Vai ser reapresentada, chama-se Carteira Verde e Amarela. Para os jovens, até 29 anos de idade, essa carteira te livra de encargos por parte do empregador. Ele vai dar espaço para essa juventude trabalhar”, disse em entrevista à RedeTV na última quinta-feira, (1º).
Na prática, a criação da carteira que estimula novas contratações no mercado de trabalho reduz o pagamento dos direitos trabalhistas. Essa foi uma promessa de campanha feita por Bolsonaro ainda quando era candidato nas eleições que o elegeram em 2018, mas que assim como tantas outras, nunca foi cumprida.
Neste caso em específico, o Governo Federal realizou duas tentativas de implantar a medida. Mas no decorrer dos trâmites, o texto foi barrado no Congresso Nacional.
Bolsonaro tem olhar otimista quanto ao mercado de trabalho
Bolsonaro afirmou que o Brasil sofreu uma perda de quase três milhões de postos de trabalho no biênio de 2015-2016. O mesmo saldo foi acrescido nos anos de 2020 e 2021, no auge da pandemia, segundo estatísticas apuradas pelo atual governo.
“Isso é sinal do quê? Competência da equipe econômica. Programas como, por exemplo, o Pronampe e o BEM preservaram mais de 10 milhões de empregos no Brasil”, declarou.
De acordo com a apuração do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 2.771.628 vagas de emprego formal foram criadas no final de 2021. Entretanto, no ano de 2020, o saldo não foi positivo, mediante a perda de 192.746 vagas de trabalho.
Bolsonaro afirma que, entre 2014 e 2015, porém, foram perdidos 887.626 postos de trabalho, não três milhões, segundo o Relatório Anual de Informações Sociais (Rais).