Auxílio Brasil: equipe econômica sugere ESTA medida para manter benefício de R$ 600 em 2023

Em meio à ânsia por uma medida capaz de manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil em 2023, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu a prorrogação do estado de emergência. Foi esta investida que permitiu a ampliação de R$ 200 no benefício em ano de pleito eleitoral, burlando a legislação. 

Auxílio Brasil: equipe econômica sugere ESTA medida para manter benefício de R$ 600 em 2023
Auxílio Brasil: equipe econômica sugere ESTA medida para manter benefício de R$ 600 em 2023. (Imagem: FDR)

A aprovação do estado de emergência foi justificada pelo impacto econômico da disparada nos preços dos combustíveis em virtude da guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia. Este estado viabilizou a PEC dos Benefícios que, além do Auxílio Brasil no valor de R$ 600, também prevê a ampliação e concessão de demais recursos sociais. 

Destacando que, perante a lei, é proibido criar e fomentar benefícios em ano eleitoral. O Auxílio Brasil tem sido a grande promessa de campanha do governo Bolsonaro, que acredita fielmente que, a partir deste programa, conquistará o apoio da população vulnerável, pontuando votos nas eleições de 2022

No entanto, especialistas apontam uma série de impasses orçamentários. Isso porque, a proposta de Orçamento para 2023, prevê um financiamento capaz de custear apenas o valor fixo de R$ 400. Por outro lado, Bolsonaro insiste em prometer a parcela de R$ 600 mesmo sem apresentar uma medida técnica e eficaz para suprir esta despesa. 

“Se a guerra da Ucrânia continua, prorroga o estado de calamidade [emergência] e paga os R$ 600. Agora, se acabou a guerra e precisa de uma solução estrutural permanente, ora, a Câmara já aprovou o imposto sobre lucros e dividendos”, argumentou o ministro.

PEC dos Benefícios autoriza Auxílio Brasil de R$ 600

Até dezembro de 2022, o Auxílio Brasil conta com um aumento de R$ 200 nas parcelas, passando o repasse de R$ 400 para R$ 600. O incremento é regido pela PEC dos Benefícios, que recebeu o apoio do Governo Federal e, no decorrer dos trâmites de aprovação, algumas inclusões foram feitas. 

O foco que antes se direcionava à criação do Auxílio Caminhoneiro, foi expandido criando outros auxílios. Veja:

  • Auxílio Brasil: ampliação de R$ 400 para R$ 600 mensais e previsão de cadastro de 1,6 milhão de novas famílias no programa (custo estimado: R$ 26 bilhões);
  • Caminhoneiros autônomos: criação de um “voucher” de R$ 1 mil (custo estimado: R$ 5,4 bilhões);
  • Auxílio-Gás: ampliação de R$ 53 para o valor de um botijão a cada dois meses — o preço médio atual do botijão de 13 quilos, segundo a ANP, é de R$ 112,60 (custo estimado: R$ 1,05 bilhão);
  • Transporte gratuito de idosos: compensação aos estados para atender a gratuidade, já prevista em lei, do transporte público de idosos (custo estimado: R$ 2,5 bilhões);
  • Auxílio para taxistas: benefícios para taxistas devidamente registrados até 31 de maio de 2022. O valor total desta medida será de até R$ 2 bilhões.
  • Alimenta Brasil: repasse de R$ 500 milhões ao programa Alimenta Brasil, que prevê a compra de alimentos produzidos por agricultores familiares e distribuição a famílias em insegurança alimentar, entre outras destinações
  • Etanol: Repasse de até R$ 3,8 bilhões, por meio de créditos tributários, para a manutenção da competitividade do etanol sobre a gasolina.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.