INSS e Defensoria Pública assinam acordo que promete facilitar acesso ao BPC

Na terça-feira (16), foi assinado o Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Defensoria Pública. O objetivo é diminuir as ações judiciais contra o Instituto, por isso preveem criar uma forma de comunicação entre as duas instituições o que deve facilitar o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

INSS e Defensoria Pública assinam acordo que promete facilitar acesso ao BPC
INSS e Defensoria Pública assinam acordo que promete facilitar acesso ao BPC (Imagem: FDR)

O acesso ao BPC que é pago pelo INSS depende de dois processos indispensáveis, como: análise de documentos e a perícia médica. Isso porque, o benefício é pago para idosos com mais de 65 anos, e pessoas com deficiência, desde que estes comprovem que vivem em baixa renda.

No entanto, o número de ações contra a Previdência Social por conta da demora na resposta pelo pedido do benefício, ou pelos indeferimentos, têm subido cada vez mais. De 2018 até 2022 pelo menos 144,1 mil casos contra o INSS por conta do BPC já chegaram até a Defensoria Pública da União.

Somente neste ano foram 35,2 mil processos administrados instaurados, sendo que 11,4 mil casos foram judicializados e outros 32 mil arquivados. O que levou as duas instituições a tomarem medidas a fim de que o número de processos sejam reduzidos, o que será benéfico tanto para o Instituto como para o segurado.

O que vai mudar na solicitação do BPC no INSS

No acordo feito entre o INSS e a Defensoria Pública da União, pelo menos três pontos deverão ser acertados para que o acesso ao BPC chegue dentro do prazo para os segurados. São eles:

  • Um único canal que responderá aos pedidos do BPC ponderando ou acolhendo as sugestões da Defensoria;
  • Defensores públicos federais poderão reabrir processos que foram indeferidos por falha no envio de comunicação, abrindo a possibilidade de revisão do pedido;
  • Unidades da DPU vão poder realizar atendimentos aos beneficiários do INSS para o público hipervulneráveis e aos analfabetos digitais.

Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), o INSS deveria responder aos pedidos de BPC em um prazo de 45 dias após o pedido feito pelo segurado. No entanto, há caso em que o tempo de espera duram quase que o dobro do exigido.

A solicitação pode ser feita online, mas depende da inscrição do titular do benefício no Cadastro Único e do cumprimento de todos os demais requisitos. Além da perícia que comprova deficiência, documentos devem ser enviados para reconhecer o direito ao recebimento de até 1 salário mínimo pelo BPC. 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com