No segundo trimestre, a economia brasileira teve um crescimento de 1,1% em relação ao trimestre anterior. O resultado paz parte do Monitor do PIB, indicador desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
A economia brasileira teve um aumento de 3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em junho deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) teve uma leve expansão de 0,1% em relação a maio.
Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trace, a expansão da economia brasileira no segundo trimestre reflete a performance positiva das três grandes atividades econômicas.
Apesar disso, ela destaca ser “esperada uma redução do ritmo da atividade econômica no segundo semestre devido aos juros que estão em patamares elevados, e a despeito da expectativa de redução do ritmo inflacionário”.
De acordo com Trace, “pela ótica da demanda, o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo são os principais componentes a explicar o crescimento do PIB no trimestre”.
O Monitor do PIB do FGV é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto. O indicador oficial de crescimento da economia será divulgado em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Detalhes da performance da economia brasileira no segundo trimestre
Entre abril e junho, o consumo das famílias expandiu 1,8% em relação aos três meses imediatamente anteriores. Na base anual, houve um crescimento de 4,3% no Monitor do PIB.
A Formação bruta de capital fixo (FBCF) teve um aumento de 4,0% no segundo trimestre, em relação ao primeiro. Na comparação interanual, foi observada uma alta de 0,3%.
No segundo trimestre, a importação de bens e serviços elevou 7,2% em relação ao trimestre anterior. Contudo, em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 1,6%.
Em termos monetários, a estimativa é de que o acumulado do Produto Interno Bruto no primeiro semestre — em valores correntes — foi de R$ 4,59 trilhões.
A taxa de investimento, no segundo trimestre, foi de 21,6%, na série a valores correntes. Este nível representa uma taxa de investimento superior à taxa de investimento média trimestral — ao considerar o período desde 2000.
O patamar também está acima da taxa de investimento média — considerando o período desde o primeiro trimestre de 2015.