O pagamento do auxílio emergencial virou caso de polícia, isso porque, o pagamento passou a ser investigado na chamada Operação Vida Fácil V. A ação é da Polícia Federal (PF) que age contra um grupo de criminosos que usaram o valor do auxílio de forma fraudulenta, para cometer outros crimes. Duas prisões foram decretadas na quinta-feira, 11 de agosto.
Em 2020 quando o auxílio emergencial foi criado a fim de diminuir os impactos da crise financeira causada com a pandemia de Covid-19, mais de 66 milhões de pessoas foram beneficiadas. No ano seguinte o número de beneficiados foi cortado quase que pela metade, ainda assim durou por sete parcelas em 2021.
Ao todo, foram 16 parcelas pagas em nome deste auxílio, inicialmente de R$ 1,2 mil e depois de no máximo R$ 375. Claro que estes valores despertaram o interesse de bandidos que usaram de forma falsificada o documento de terceiros para solicitar o pagamento.
Na quinta-feira (11), a Polícia Federal cumpriu dois mandatos de prisão nas cidades de Penápolis (SP) e Turiúba (SP). Além de terem falsificado os documentos para receber o auxílio emergencial, os criminosos ainda abriram contrato em empresas de telefonia, contas em bancos, fizeram pagamentos via boletos e realizaram transações bancárias ilícitas com o auxílio.
Foi descoberto que os criminosos investigados podem ter recebido pelo menos 20 contas do auxílio emergencial. As investigações começaram em 2021, mas continuam com os materiais que foram apreendidos pela PF. A polícia informou que os bandidos podem responder por crime de furto qualificado, que gera prisão de dois a oito anos e multa.
Como funcionou o pagamento do auxílio emergencial
O pagamento do auxílio emergencial que começou em abril de 2020, terminou em outubro de 2021 após somar 16 parcelas de depósitos. Foram beneficiados profissionais autônomos, pessoas de baixa renda, e todos aqueles que ficaram com a sua renda comprometida devido a crise sanitária causada pela Covid-19.
Para se ter uma ideia, apenas em 2021 foram 39,2 milhões de famílias beneficiadas em 2021. Sendo 23,9 milhões de trabalhadores informais, 10 milhões inscritos no Bolsa Família e 5,3 milhões inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Os repassarem aconteceram na poupança social do Caixa Tem. Em 2020 mais de uma pessoa da família podia ser beneficiada, mas no ano seguinte o governo limitou o repasse para apenas uma pessoa que residia no mesmo endereço.
