Na Bolívia, um homem de 23 anos foi detido após vender a própria filha através do aplicativo WhatsApp por R$1,5 mil. O objetivo do homem, segundo a polícia, era comprar um celular.
A venda da filha de Faustino Colque Mollo, foi anunciada por ele em diversos grupos do mensageiro e a criança foi entregue a um casal pelo valor de 2 mil bolivianos, ou cerca de R$1,5 mil, na cidade de Santa Cruz.
No entanto, a polícia local descobriu a venda e conseguiu resgatar a criança na zona de Los Motes do mercado La Ramada. O pai, assim como a compradora da criança, Carmen Condori, foram presos na semana passada. O marido dela conseguiu fugir. A mulher que estava em posse do bebê ainda teria resistido à devolvê-la e exigiu que fosse ressarcida pelos gastos que ela supostamente teve com a compra de leite, fraldas e roupas.
De acordo com a mídia local, os parentes relataram que o pai da menina tinha pedido para que a mãe, uma jovem de apenas 17 anos, fizesse um aborto. Como a mãe não aceitou esta pedido, ele decidiu vender a filha.
Segundo os vizinhos, a mãe foi vítima de maus-tratos e foi obrigada a levar a filha para a venda. O bebê está internado no Hospital Infantil Mario Ortiz, pois apresenta um quadro de desnutrição.
Delicia Dávila Calucho, a sargento-mor da Polícia boliviana que foi designada para socorrer a criança, ficou comovida com o choro dela e a amamentou. “Foi um dia inexplicável porque são duas fases, uma é o trabalho policial e a outra, o trabalho da mãe. Eu sou uma nova mãe de um bebê e vejo uma menina que chora, e que clama por comida. Eu imediatamente lhe dei leite para sobreviver naquele momento”, explicou Dávila.
Daniel Lobo, procurador da unidade especialista em crimes de tráfico e tráfico de seres humanos, disse que o pai da criança e o casal que a comprou serão investigados pelo crime de tráfico de seres humanos para fins de venda ilegal ou adoção.