Investidores pagam milhões de dólares no licenciamento de músicas de cantores famosos

Os investidores vêm apostando em sucesso de músicas de cantores famosos, como Adele. Isso acontece por meio da compra de títulos de dívida garantidos pelo licenciamento de seus catálogos. A informação foi levantada pela Bloomberg, por meio de pessoas com conhecimento do assunto.

Investidores pagam milhões de dólares no licenciamento de músicas de cantores famosos
Investidores pagam milhões de dólares no licenciamento de músicas de cantores famosos (Imagem: Montagem/FDR)

A empresa licenciadora de músicas de cantores famosos SESAC vendeu uma transação de US$ 335 milhões de títulos. A oferta representa o segundo acordo desse tipo para a companha, apoiada pelo gigante de investimentos em títulos privados Blackstone Group Inc.

De forma efetiva, a SESAC está hipotecando seus negócios com a venda de títulos, conhecidos como de securitização, de toda a companhia. Desse ela pode tomar empréstimos com classificações de grau de investimento — em vez de proporcionar dívidas de risco alto.

Em 2017, a Blackstone Group comprou a SESAC. O valor da operação foi de R$ 1,125 bilhão. Em 2019, a organização de diretos autorais vendeu títulos parecidos.

No ano passado, os rendimentos de securitizações de toda a companhia subiram. Isso ocorreu em meio ao início do aumento dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Em comparação aos patamares recordes de 2021, o volume de emissão desses títulos lastreados em ativos reduziu levemente. A queda foi de 6% em relação ao mesmo ponto no ano passado.

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Licenciadora deve usar valores para compra de um catálogo maior de músicas

Com os recursos dos títulos, a SESAC planeja auxiliar no financiamento de sua compra da biblioteca musical de produção britânica Audio Network — que foi adquirida pela licenciadora de músicas no ano passado.

Os valores ainda devem ser usados para pagar dividendos aos seus acionistas de private equity (que investem em companhias não listadas em bolsas). A venda de títulos foi liderada pela Guggenheim Securities.

A estruturação dos últimos títulos da licenciadora de músicas foi em três parcelas. Estão inclusas uma nota com variável de US$ 30 milhões, uma parte de taxa fixa de US$ 240 milhões, além de uma nota de US$ 65 milhões.

A maior tranche, com vida média de 3,96 anos, foi vendida com rendimento de 6,311%. Esse nível está acima do empreendimento de três anos atrás, onde a grande parte teve uma vida média 6,7 anos e um rendimento próximo a 5,25%.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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