Na manhã de ontem, quinta, 7, as ações da operadora de turismo CVC, dispararam na bolsa, com uma alta de 9%. De acordo com um levantamento realizado pelo IBGE, no último ano, das 12,3 milhões de viagens feitas pelos brasileiros, 99,3% foram de trajetos nacionais.
Também vem movimentando o mercado financeiro, a informação de que a temporada de cruzeiros 2022/2023 deve ser a maior já registrada nos últimos dez anos.
Segundo informações da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, entre os dias 29 de outubro deste até 20 de abril de 2023, oito navios devem navegar por 160 roteiros, oferecendo 674 mil leitos. Outros 35 navios de longo curso irão navegar em águas brasileiras.
Também repercutiu no mercado ontem, a notícia de que Boris Johnson, o líder conservador do Reino Unido renunciou ao cargo de primeiro-ministro. Mesmo que sua saída já fosse dada como certa, ele estava tentando reverter a pressão sofrida por integrantes do próprio partido.
A crise envolvendo o nome de Boris Johnson começou quando ele foi denunciado por participar de festas realizadas na sede do governo durante o pico da pandemia após ter determinado lockdown e atingiu o ápice quando decidiu manter no cargo um colega envolvido em um escândalo sexual.
Na visão de Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, a razão que que impulsionou a alta nas ações é a queda do dólar.
No início do pregão desta quinta, o dólar estava operando em baixa, movimento que, na visão do analista, ajudou no movimento de recuperação das ações da CVC. “O preço da ação tem sofrido fortemente. A escalada do dólar nas últimas semanas afeta as decisões de viagens e, consequentemente, receitas”, disse ele ao MoneyTimes.
Já de acordo com o analista da Mirae, as Bolsas de Valores operam em alta em um “ajuste técnico”. Já que a ação da empresa de viagens ficou depreciada, a queda da moeda norte americana impacta de forma pontual o desempenho desta ação.