Salário mínimo: brasileiros precisam de ao menos R$ 6.527 para sustentar a casa

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou o valor do salário mínimo ideal para os brasileiros no mês de junho. De acordo com a pesquisa, para sustentar uma família formada por quatro pessoas seria necessário R$ 6.527,67.

Salário mínimo: brasileiros precisam de ao menos R$ 6.527 para sustentar a casa
Salário mínimo: brasileiros precisam de ao menos R$ 6.527 para sustentar a casa (Imagem: montagem/FDR)

O salário mínimo ideal no mês de junho de 2022, segundo o Dieese deveria ser superior a R$ 6,5 mil. Esse valor serviria para sustentar uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.

A quantia é definida considerando o preço dos itens que compõem a cesta básica. Diante disso, o atual salário mínimo de R$ 1.212 é cinco vezes menor do valor ideal. Assim, deixa de contemplar o que define a Constituição Federal.

“O salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência“.

O Dieese considera 13 alimentos para realizar o cálculo de salário ideal. Esses compõem a cesta básica, sendo eles:carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. Esses itens são avaliados em 17 capitais, todos os meses.

Na última pesquisa que mostra os preços do mês de junho, São Paulo (SP) ficou, mais uma vez, no primeiro lugar entre as capitais com os alimentos mais caros do Brasil. Seguindo a capital paulista estão Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).

Salário mínimo é suficiente para comprar cesta básica? 

Em São Paulo, a capital com a cesta mais cara do Brasil, o paulista precisava desembolsar R$ 777,01 para comprar os alimentos. Esse valor representa um aumento de 23,97% nos últimos 12 meses.

Nove capitais, das 17 pesquisadas, apresentaram aumento no preço da cesta no último mês. Veja abaixo o valor da cesta básica nas cidades analisadas no mês de junho e a comparação com o mês anterior:

  • São Paulo: R$ 777,01 (-0,12%);
  • Florianópolis: R$ 760,41 (-1,51%;
  • Porto Alegre: R$ 754,19 (-1,90%);
  • Rio de Janeiro: R$ 733,14 (1,33%);
  • Campo Grande: R$ 702,65 (-0,49%);
  • Curitiba: R$ 701,26 (-1,74%);
  • Brasília: R$ 698,36 (0,29%);
  • Vitória: R$ 692,84 (-0,77%);
  • Goiânia: R$ 674,08 (-0,08%);
  • Fortaleza: R$ 657,00 (4,54%);
  • Belo Horizonte: R$ 648,77 (-0,67%);
  • Belém: R$ 632,26 (0,59%);
  • Recife: R$ 612,34 (2,76%);
  • Natal: R$ 611,79 (4,33%);
  • João Pessoa: R$ 586,73 (3,36%);
  • Salvador: R$ 580,82 (0,34%);
  • Aracaju: R$ 549,91 (0,28%).

Diante desses valores, a média nacional ficou em R$ 663,46 e representa 59,68% da renda dos brasileiros. Com isso, o proletariado precisou trabalhar por pelo menos 121 horas e 26 minutos.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.