Com os juros atuais das linhas de crédito cada vez mais altos, qualquer atraso pode virar uma tremenda dor de cabeça. E infelizmente milhares de brasileiros passam por esse momento, quem estava com as finanças minimamente equilibradas sente o peso da inflação, assim como quem não estava com as finanças organizadas pode estar em um momento financeiro desagradável.
E hoje vamos reunir um passo a passo para você que está endividado ou inadimplente.
Nosso objetivo aqui é trazer ações práticas que irão te ajudar a buscar uma luz para resolver esse tipo de problema financeiro.
Passo 1: Qual é a diferença entre endividamento e inadimplência?
Endividamento é apenas o fato de termos um pagamento pendente com alguma instituição, compromisso que foi feito com pagamento de forma parcelada, como é o caso de um financiamento de veículo, casa e até mesmo aquela compra realizada no cartão de crédito.
É isso mesmo, você não entendeu errado, poucas pessoas sabem disso, mas até aquelas compras parceladas no cartão já são consideradas dívidas.
Ou seja, estar endividado não é de fato um problema, mas a má administração dessas despesas, como por exemplo, deixar de pagar alguma dessas contas na data correta, pode levar à inadimplência.
Uma pessoa só pode ser oficialmente considerada como inadimplente quando o compromisso tiver vencido há mais de 90 dias, para contas vencidas entre 15 a 90 dias é considerado apenas como atraso, conforme regras do Banco Central.
Passo 2: Identifique a raiz do problema!
Primeiro ponto é crucial, entenda qual problema te levou a situação atual foi algo pontual ou veio de algo constante.
Se foi algo esporádico: Saiba que esse tipo de problema acontece e agora é focar na resolução do problema, mas para situações assim o cenário ideal é ter a reserva de emergência. A Reserva é quem te ajuda nos momentos inesperados como perder o emprego, aumentos não esperados, quebra de um carro, problemas de saúde e etc.
Se for devido a um movimento recorrente como gastar mais do que se ganha. O ideal é focar em fazer um orçamento, dessa forma você colocará um limitador de gastos/ despesas. Sempre falamos sobre viver um degrau abaixo, então use o orçamento para cortar os custos que não são prioridade.
Caso tenha feito isso, mas mesmo assim não está “sobrando” dinheiro, está na hora de começar a pensar em uma forma de aumentar a sua renda.
Entenda que nesse ponto o ideal é identificar o motivo de estar passando por isso, somente dessa forma você poderá evitar problemas parecidos no futuro, tome isso como um momento de aprendizagem.
Passo 3: Cuide da mente!
A ansiedade pela busca de soluções rápidas, podem não ser eficazes apesar de parecerem em um primeiro momento.
É importante que você tenha em mente que está disposto a encontrar soluções para seu caso, e digo CASO, pois a partir do momento em que você encontra formas de solucioná-lo, mesmo que a longo prazo, ele passa de problema para mais um caso financeiro na sua vida que será resolvido em breve.
Passo 4: Analisando as opções disponíveis
Em momentos como esse, o mais usual é negociar junto à Instituição onde está a dívida, sendo banco ou financeira.
É importante analisar com criticidade as opções que estão sendo apresentadas pela instituição financeira, alguns pontos importantes são prazo e a taxa, as condições oferecidas em para tal negociação.
Prazo: mesmo que as parcelas sejam baixas, faço a conta multiplicando o valor da parcela pelo prazo, isso pode gerar grandes diferenças.
Veja que uma negociação onde a dívida for de 20 mil reais, com taxa de 3,5%a.m:
- Em 5 anos (60 meses) – Resultam em parcelas de R$801,77
- Em 6 anos (72 meses) – Resultam em parcelas de R$764,14
De momento a opção em 6 anos pode parecer atrativa, mas temos que considerar o prazo total onde:
Em 5 anos você pagará R$48.106,20 e em 6 anos R$55.018,08, uma diferença ao final de R$6.911,88.
Então quanto menor o prazo melhor, mas avalie se o valor da parcela estará dentro do seu orçamento.
No caso de dívidas, saiba que a prioridade principal da sua vida financeira é quitá-las.
Sobre a taxa é sempre importante verificar em outras instituições quais as condições oferecidas, nem sempre a primeira proposta ofertada pela instituição será a melhor, negocie.
Para te ajudar você pode conversar com outras pessoas que estão na mesma situação que você para saber quais taxas foram praticadas para elas ou então acessar o site do Banco Central, clicando nesse link você será direcionado para a página onde o Bacen reúne as taxas praticadas por diversos bancos e financeiras e para diversas modalidades de crédito.
Vencendo aos poucos: Estipule pequenas metas para o longo prazo
Escrever metas para finalização de dívidas fará com que você veja o “Caso” se diluindo, se resolvendo aos poucos e trará mais tranquilidade para você.
Como no exemplo acima, se sua negociação ficou em 60 parcelas de R$801,77 a cada ano você pagará R$9.621,24, então coloque isso como uma meta de cenário ideal, afinal o contrato foi firmado e o momento exige o pagamento conforme o acordado.
Mas, um possível avanço nessa meta é tentar pagar no ano as 12 parcelas com algum desconto – fazendo pagamentos antecipados, por exemplo, aproveitando assim o desconto pelo pagamento antecipado.
Ou buscar quitar mais de 12 parcelas, quitando algumas de trás para frente aproveitando descontos maiores.
Entenda que estar endividado ou inadimplente é somente um momento, uma fase da sua vida e com algumas mudanças comportamentais é possível encontrar soluções adequadas.
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