Pesquisa aponta que o Brasil passa a ter a 4° pior inflação do mundo. O levantamento foi divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e mostra o índice inflacionário das grandes economias do mundo.
A inflação do Brasil segue em alta como uma das maiores do mundo. No G20, grupo dos países mais ricos, apenas Turquia, Argentina e Rússia registram inflação piores que a do Brasil. A média da Inflação dos últimos 12 meses dos países do grupo atingiu a marca de 8,8% em maio, sendo percebido um crescimento em comparação aos registros anteriores.
Brasil tem a 4° inflação mais alta do mundo
De abril para maio, a média da inflação dos países do G20 em 12 meses foi de 8,5% para 8,8%. Quando visualizada mais a fundo, a inflação também apresenta alta nos países mais ricos. No G7, a taxa subiu de 7,1% para 7,5%. Confira a seguir o levantamento completo das taxas de inflação divulgadas pelo OCDE:
Taxa da inflação acumulada em 12 meses até maio das maiores economias do mundo, em %
- OCDE 9,6%
- G20 8,8%
- G7 7,5%
- Turquia 73,5%
- Argentina 60,7%
- Rússia 17,1%
- Brasil 11,7%
- Estados Unidos 8,6%
- Zona do euro 8,1%
- Reino Unido 7,9%
- Alemanha 7,9%
- Canadá 7,7%
- México 7,7%
- Índia 7,0%
- Itália 6,8%
- África do Sul 6,6%
- França 5,2%
- Coréia do Sul 5,4%
- Austrália 5,1%
- Indonésia 3,6%
- Japão 2,5%
- Arábia Saudita 2,2%
- China 2,1%
Apesar do cenário de aumento da inflação em todo o mundo devido a disparada dos preços dos combustíveis, alimentos e energia, as taxas de inflação com dois dígitos seguem sendo minoria.
Entre os 38 países que integram a OCDE, foram 10 os que ultrapassaram os dois dígitos, sendo eles: Turquia (73,5%), Estônia (20%), Lituânia (18,9%), Letônia (16,9%), República Tcheca (16%), Polônia (13,9%) e Eslováquia (12,6%).
Inflação do Brasil está entre as piores do mundo
Para além do cenário mundial, o Brasil parece não ter sido capaz de cumprir as próprias metas. De acordo com o Banco Central, o país não cumprirá com a meta de inflação pelo segundo ano seguido.
Para que a meta de 2023 de 3,25% possa ser cumprida, o BC elevou em junho a taxa básica de juros para 13,25%, sendo este o maior patamar desde 2016. A Selic deve permanecer em alta durante um período. A meta do próximo ano será considerada dentro dos patamares desejados, se oscilar entre 1,75% e 4,75%.