URGENTE! Auxílio Brasil de R$ 600 pode ser cancelado; entenda

O aumento de R$ 400 para R$ 600 no valor mínimo do Auxílio Brasil faz parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), chamada de PEC “Kamikaze”. A medida foi aprovada com louvor no Senado Federal. Acontece que a proposta vai ter que enfrentar a rígida fiscalização do Ministério Público (MP) e do Tribunal de Contas da União (TCU). 

URGENTE! Reajuste de R$ 600 no Auxílio Brasil pode ser cancelado; entenda
URGENTE! Auxílio Brasil de R$ 600 pode ser cancelado; entenda (Imagem: FDR)

O TCU recebeu do MP um pedido para que proíba o governo federal de sancionar a PEC Kamikaze. Tudo por conta do valor que a mesma representa, são R$ 41 bilhões aos cofres públicos há três meses das eleições, e cinco meses do fim do ano. Esta foi a maneira que o governo encontrou para subir o valor do Auxílio Brasil. 

A legislação eleitoral não permite que benefícios sociais sejam criados em ano de eleições, e nem mesmo que os programas já existentes possam ser turbinados. A exceção fica por conta do decreto de emergência do país, que foi justamente a estratégia usada ao aprovar a PEC.

No Senado Federal, quando o texto foi discutido em dois turnos no dia 30 de junho, a proposta passou com louvor. Agora, vai passar pela Câmara dos Deputados e depois deve ser sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além de subir o valor do Auxílio Brasil, a mesma PEC propõe aumentar de R$ 53 para R$ 120 o valor do vale gás que é pago bimestralmente. E ainda, criar o PIX Caminhoneiro, benefício de R$ 1 mil que deve ser destinado a 870 mil profissionais.

Ao todo, devem ser pagas cinco parcelas destes benefícios em 2022, finalizando em dezembro. O valor total da PEC é de R$ 41,25 bilhões e ainda incluí outros pontos, como a compensação aos estados pela diminuição de impostos sobre os combustíveis, e um auxílio pago à taxistas.

O que pode cancelar o Auxílio Brasil de R$ 600?

O subprocurador-geral Lucas, Rocha Furtado, assinou um documento em que solicita ao TCU o impedimento da flexibilização do teto de gastos. Este teto é o máximo que o governo pode movimentar de verbas públicas, a ideia é controlar as finanças do país.

No entanto, a PEC vai sim furar o teto de gastos, mas fica respaldada pelo fato de decretar emergência no país.

Como justificativa, o pedido argumenta que a proposta age “desrespeitando princípios elementares do Direito Financeiro e da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF em possível retrocesso para o país”.

Em outras palavras, caso a PEC seja barrada pelos órgãos de fiscalização do país, o Auxílio Brasil não será alterado. Assim como, os demais programas também não funcionarão.

A proposta é fortemente defendida pelo governo de Jair Bolsonaro, porque os apoiadores da reeleição do presidente acreditam que esta medida seja importante para fortalecer os laços com os eleitores. 

Isso, ao aumentar o valor do Auxílio Brasil que é o principal programa de assistência social do país. E ao turbinar e criar novos benefícios no país para “agradar” os eleitores.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com