No primeiro semestre deste ano, a renda fixa foi a única classe de ativos que teve rentabilidade positiva. Diante do aumento dos juros, esse tipo de investimento ofereceu uma remuneração maior a um risco menor. O levantamento foi realizado pelo Yubb, a pedido do E-Investidor.
Na primeira metade do ano, a inflação impactou fortemente o mercado. Diante deste cenário, os bancos centrais passaram a subir os juros, o que fez com que as bolsas de valores globais apresentassem maior aversão ao risco. Como resultado, houve queda na rentabilidade do investimento de diversos ativos.
Ao Estadão, o especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, Ricardo Jorge, afirma que existiu um aumento considerável das taxas de juros no Brasil. Isso fez com que os investidores saíssem da renda variável para renda fixa.
O especialista informa que isso foi uma tentativa de obter ativos menos voláteis e arriscados em relação ao investimento em ações, por exemplo.
Estes foram dos desempenhos das principais classes de ativos nos seis primeiros meses do ano:
- CDB banco médio: 6,78%
- Tesouro Selic: 5,58%
- CDB banco grande: 4,29%
- Poupança: 3,63%
- Tesouro prefixado: 0,59%
- IFIX: -0,33%
- Tesouro IPCA: -0,41%
- Dólar: -5,69%
- Ibovespa: -5,99%
- Ouro: -8,05%
- Bitcoin: -62,87%
- Ethereum: -74,31%
Mesmo que o investimento em renda fixa tenha sido favorecido pelo movimento de elevação nos juros, ainda ficou abaixo do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) no primeiro semestre deste ano.
Este indicador, divulgado mensalmente, mede o nível da atividade econômica e as oscilações do preço do Brasil. No acumulado da primeira metade deste ano, o índice está em 8,16%.
Investimento de renda fixa oferece menor risco
No investimento em renda fixa, a remuneração é calculada previamente — no momento da aplicação. Ao investir em renda fixa, a pessoa empresta o dinheiro aplicado para o emissor do título. Em troca, o cidadão recebe a quantia aplicada acrescida de juros pagos como forma de remuneração.
No momento do investimento, são acertadas com o emissor as condições da aplicação — como prazos, formas de remuneração, índices e cláusulas de recompra.
Cabe destacar que, apesar de oferecer menos risco em comparação à renda variável, ainda há possibilidade de perder o capital investido na renda fixa. Por exemplo, se o emissor do título não cumprir a obrigação assumida, o investidor não receberá uma parte ou toda a quantia pactuada.