PEC das bondades ameaça a democracia violando as leis eleitorais; entenda seus impactos

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende decretar estado de emergência no país para investir em programas sociais, está dando o que falar. Ao se posicionar sobre o assunto, o ministro aposentado Carlos Velloso avalia como “inconstitucional” e uma “afronta à democracia” a PEC das bondades.

Isso porque, para que o Auxílio Brasil suba seu valor para R$ 600, o vale gás dobre o pagamento, e um voucher de R$ 1 mil seja liberado aos caminhoneiros, esta PEC precisará ser aprovada. Não é possível criar ou investir em benefícios sociais em ano eleitoral, pois a lei não permite.

A exceção fica por conta do decreto de emergência no país. Isso significa que, caso a PEC seja aprovada, os programas sociais se enquadram na legislação. O valor calculado, no entanto, trará R$ 38,7 bilhões de gastos para os cofres públicos. 

A medida, claro, causou alvoroços entre os parlamentares e autoridades ligadas a justiça brasileira. Entre eles, Carlos Velloso, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e por duas vezes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Essa PEC é flagrantemente inconstitucional, porque atinge o direito à Democracia, que é uma cláusula pétrea da nossa Constituição. A proposta prejudica a eleição, o voto periódico, que é o fundamento da nossa Democracia”, disse Velloso ao jornal O Globo.

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O que propõe a PEC das bondades

Para que a PEC das bondades seja aprovada, esta precisará passar pelo Senado Federal e mais tarde pelos deputados. O presidente Jair Bolsonaro (PL) se mostrou favorável a essa aprovação.

Foram inclusos os seguintes benefícios:

Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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