Lula, Tebet e Ciro se pronunciam sobre escândalo envolvendo presidente da Caixa

Veio à público nesta quarta-feira, 29, as denuncias de assédio sexual contra Pedro Guimarães. Na ocasião, ele ainda era presidente da Caixa Econômica. Após o caso repercutir pelo país, os pré-candidatos à Presidência da República se pronunciaram, como Simone Tebet (MDB), Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT).

O caso foi exposto, inicialmente, pelo jornal Metrópoles. Em seguida, outros veículos de comunicação passaram a divulgar o escândalo envolvendo as denuncias de assédio sexual contra Pedro Guimarães. Nome importante, Guimarães ocupava até ontem (29) a cadeira de maior poder na Caixa Econômica.

No mesmo dia, Pedro entregou ao presidente Jair Bolsonaro (PL) uma carta formalizando seu pedido de demissão. Em sua defesa, garantiu que a verdade será exposta e que atualmente passa por “uma situação cruel, injusta, desigual”.

Repercussão na ala política

A entrega do documento foi feita logo após inúmeros pronunciamentos da área política do país a respeito do caso. Em um deles, a candidata à presidência do país, Simone Tebet, chegou a pedir a “demissão sumária” de Guimarães.

Durante sua participação em um evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, Tebet defendeu o direito das mulheres. Ela afirmou ainda que já sofreu casos de assédio sexual em ambiente de trabalho, e chegou a dizer que foi vítima de violência política.

No mesmo evento, Ciro Gomes manteve a posição de Tebet, e afirmou que o ideal era que Pedro Guimarães fosse demitido. Ciro chamou o ex-presidente do banco de “bandido”.

Uma autoridade pública que usa do seu poder para constranger sexualmente uma mulher é um bandido. Tinha que ser demitido e responder pela cadeia“, afirmou Ciro Gomes.

Lula, no entanto, se esquivou e preferiu não opinar sobre o assunto. Na manhã de quarta-feira, 29, enquanto participava de uma entrevista para a rádio Educadora AM de Piracicaba, ele chegou a mencionar sobre o caso.

Vocês não me perguntaram do presidente da Caixa que está sendo acusado por assédio, mas também eu não sou procurador e não sou policial“, disse Lula.

Guimarães foi indicado ao cargo de presidente da Caixa pelo atual presidente Jair Bolsonaro. No dia em que o caso veio à tona, Bolsonaro não se pronunciou sobre o assunto, embora tenha participado de dois eventos públicos.

No entanto, na tarde de ontem (29) o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, já havia previsto a demissão de Pedro. Questionado sobre o caso, ele disse ao jornal O Estado de S. Paulo, que Guimarães deixaria o cargo para que a polêmica não atrapalhasse a imagem do pai [o presidente].

Então, assim, a tentativa da oposição e de parte da imprensa de querer vincular ao presidente Bolsonaro não tem nada a ver. O presidente Bolsonaro agora vai ser responsável por questões pessoais, por condutas pessoais que não têm nada a ver com o serviço público para o qual ele foi escolhido para exercer uma determinada missão? O presidente obviamente não tem nada a ver com isso.“, disse Flavio.

Entenda o caso de acusação contra o presidente da Caixa

O Ministério Público Federal investiga em sigilo as denuncias contra Pedro Guimarães. Enquanto ocupava o cargo de presidente da Caixa Econômica, posição que tomou posse desde 2019, ele foi acusado de assediar as funcionárias do banco. 

Entre as acusações, as mulheres relataram que eram puxadas pelo cabelo, cintura ou pescoço pelo ex-presidente do banco. Se sentiam coagidas e pressionadas por ele.

Algumas chegaram a dizer que funcionários do banco questionaram se elas aceitaram ter relações sexuais com Guimarães.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]