FDR Responde: como buscar novos empréstimos sem se afundar ainda mais?

Pontos-chave
  • Avalie bem antes de pedir um empréstimo
  • Consignado é uma das melhores opções
  • Se atente aos golpes praticados na internet

Em algumas situações, pegar um empréstimo é a única saída encontrada pelos brasileiros para quitar uma dívida ou para um momento de emergência. No entanto, é extremamente importante avaliar onde e como você irá obter este crédito, pois um movimento errado pode complicar ainda mais sua situação. Confira dicas especiais para este momento no FDR Responde.

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FDR Responde: como buscar novos empréstimos sem se afundar ainda mais? (Imagem: Montagem/FDR)

Quando devo tomar um empréstimo 

É importante ter em mente que um empréstimo só deve ser pego em último caso, ou seja, em situações de emergência ou para trocar uma dívida mais alta por uma mais baixa. Mesmo que a linha de crédito seja mais barata, não é vantajoso pagar juros para o banco para situações que não são de emergência, como viagens ou reformas.

Agora veja algumas dicas que podem te ajudar a pegar um empréstimo de maneira mais consciente.

De preferência ao consignado

O empréstimo consignado é uma das modalidades de crédito que possuem as menores taxas do mercado. Nesta modalidade, o valor das parcelas é descontado diretamente do salário ou do benefício do INSS, o que faz o risco de inadimplência cair, baixando as taxas de juros. 

Em média, os juros do consignado ficaram em 3% este mês para trabalhadores do setor privado e em 1,9% ao mês para funcionários públicos, de acordo com o Banco Central. Como base de comparação, a taxa de juros cobrada no crédito rotativo em junho para parcelamentos da fatura do cartão de crédito ficou em 13,9% em média ao mês.    

Mesmo optando por esta modalidade vale ficar ligado, pois existe grandes diferenças entre as taxas praticas de uma instituição para outra. 

No caso de trabalhadores do setor privado, o crédito pode custar entre 0,65% ao mês a 6,36% ao mês, de acordo com o banco ou financeira onde o empréstimo for contratado, segundo informações do BC relativas a última semana de julho. Já para funcionários públicos, a taxa cobrada no período variou entre 1,03% e 5,42% de uma instituição para outra, em média.

Os trabalhadores assalariados só podem tomar um empréstimo consignado através do banco pelo qual recebe seu pagamento ou por meio de uma outra instituição conveniada com a empresa ou com o governo.

“Em geral, as empresas só têm convênio com um banco, mas algumas podem ter mais jogo de cintura. Procure se informar no RH para pesquisar as taxas entre os bancos conveniados e conseguir a taxa mais atrativa”, disse ao Exame Invest a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

No entanto, para aposentados e pensionistas do INSS é possível contratar o empréstimo banco que desejar e possui mais flexibilidade para busca as melhores taxas de crédito.

Procure por opções de empréstimo mais baratos

Uma dica é pegar um empréstimo que oferece taxas de juros mais amenas para pagar uma dívida mais elevada. “Isso não vai diminuir sua dívida, mas vai fazer com que ela cresça em uma velocidade menor”, aconselha Marcela.

Caso você não possa contratar o crédito consignado, uma boa opção é optar pelo empréstimo pessoal. Esta opção deve ser considerada antes de pensar em parcelar as compras com juros, usar o cheque especial ou parcelamento de fatura.

Fique atento aos golpes 

É importante sempre ficar ligado em sites e aplicativos que oferecem empréstimos pela internet com a promessa de taxas mais amenas do que as praticadas pelos grandes bancos.

Sempre busque saber o banco ou financeira que está por trás desta oferta e a credibilidade.

“Esses correspondentes bancários têm crescido absurdamente, com publicidade apelativa, mas eles não têm o mesmo compromisso que os bancos e financeiras com a operação e a orientação financeira ao dar o crédito”, disse ao Exame Invest o economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Ione Amorim.

Compare o Custo Efetivo Total

Além dos juros, é importante se atentar ao CET (Custo Efetivo Total) da operação. Este custo engloba todos os encargos que o banco ou financeira cobra pelo empréstimo. De acordo com o Idec, os bancos e financeiras são obrigados a informar o CET. 

Organize suas finanças 

Por fim é extremamente importante organizar suas finanças pessoais, já que na maioria dos casos em que um empréstimo é solicitado, a vida financeira não está saudável. Organize seu orçamento para poder pagar o que deve e para evitar novas dívidas.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.