Nesta quarta-feira (22), o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, afirmou que a autoridade monetária está fortemente comprometida em diminuir a inflação local. O executivo ainda alega que O Banco Central vem atuando rapidamente para assegurar o controle dos preços.
Powell informou que o Banco Central dos Estados Unidos conta com instrumentos e vontade para a restauração da estabilidade da inflação no país. Atualmente, os preços domésticos estão no maior patamar em 40 anos. A declaração foi realizada ao Comitê Bancário do Senado norte-americano.
Atualmente, a inflação dos EUA segue muito acima da meta de 2% do Federal Reserve. Segundo o executivo, dados de maio indicam que o núcleo da inflação — que desconsidera valores de alimentos e energia — permaneceu no mesmo ritmo ou teve leve desaceleração.
No entanto, Powell argumentou que um fator de pressão extra para a inflação é o aumento nos valores das commodities. Isso acontece meio à guerra entre Rússia e Ucrânia.
O presidente do Fed, ao comitê do Senado, prometeu um abrangente foco em diminuir a inflação. Powell destacou que serão apropriadas as elevações contínuas nos juros pela autoridade monetária. Os ajustes serão no ritmo exato, conforme o panorama econômico.
Banco Central dos EUA aumenta juros para controlar inflação
Há uma semana, o Banco Central norte-americano tinha aumentado os juros do país, para faixa de 1,5% a 1,75%. Isso representa um aumento de 0,75 ponto percentual, em relação a decisão anterior de juros, em maio. Este é o maior reajuste da taxa desde 1994.
O aumento dos juros, acima do indicado pelo Federal Reserve na reunião anterior, aponta que a autoridade monetária tem promovido maior aperto monetário — para controlar a inflação nos Estados Unidos.
No acumulado em 12 meses até maio, a inflação chegou a 8,6%. Esse é o maior nível desde dezembro de 1981, quando tinha atingido 8,9%. Em relação a abril, o aumento dos preços foi de 1%.
Um dos fatores para a forte inflação é o valor da gasolina, que registrou aumento de 4,1% em maio. O preço médio do combustível chegou a uma média de aproximadamente US$ 4,37 por galão, segundo dados do clube automobilístico AAA.