Top 10: confira as ações que mais subiram e caíram em maio

Pontos-chave
  • O Ibovespa segue em alta no acumulado deste ano;
  • O Cielo teve o grande destaque positivo em maio;
  • O cenário macroeconômico segue prejudicando varejistas.

Em maio, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, fechou em alta de 3,22%, aos 111.350 pontos. Nesse sentido, diversas ações registraram altas consideráveis. Apesar disso, ainda houve ativos que desvalorizaram. Conheça as ações que mais subiram e caíram em maio, segundo compilado pelo Valor Data.

Top 10: confira as ações que mais subiram e caíram em maio
Top 10: confira as ações que mais subiram e caíram em maio (Imagem: Montagem/FDR)

No último pregão de maio, o Ibovespa apresentou alta de 0,81%. No entanto, ao contrário do registrado no acumulado de maio, o principal índice da bolsa de valores registrou queda em abril.

No quarto mês do ano, o Ibovespa apresentou queda de 10,1% — sendo o pior mês desde março de 2020. Na ocasião, o índice tinha recuado 29,9%.

De qualquer forma, no acumulado deste ano, o índice B3 segue em alta. A variação neste ano chega a 6,23%.

O mês de maio foi marcado pela grande volatilidade. Os ativos de risco foram impactados pela inflação mundial. Como o Brasil depende bastante da economia da China, a economia local tem sido afetada — que que a nação asiática enfrenta grande preocupação para conter o coronavírus.

Ao Valor, o estrategista da Genial, Filipe Villegas, afirma que, quando o Ibovespa chega perto dos 100 mil pontos, começam a surgir notícias boas.

O especialista cita que, por exemplo, grandes gestores comunicam captação de recursos e fundos de investimentos globais compram ativos no Brasil.

Internamente, Villegas ressalta, de modo positivo, a reação do mercado com a decisão do governo de diminuir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

10 ações que mais subiram em maio

  1. Cielo ON (CIEL3): 16,95%
  2. BRF ON (BRFS3): 15,24%
  3. Bradesco PN (BBDC4): 14,12%
  4. Eneva ON (ENEV3): 13,56%
  5. Bradesco ON (BBDC3): 13,33%
  6. Ultrapar ON (UGPA3): 12,84%
  7. Lojas Renner ON (LREN3): 12,00%
  8. Brasil ON (BBAS3): 11,96%
  9. Alpargatas PN (ALPA4): 10,97%
  10. Braskem PNA (BRKM5): 10,64%

A Cielo, que teve o melhor desempenho em maio, tinha perdido mercado e rentabilidade há alguns anos. Diante disso, a empresa vem sendo a grande surpresa da temporada.

A companhia estava com valores bastante atrativos. Ela ainda foi beneficiada com a projeção de maior consumo, por conta da diminuição do ICMS. Ou seja, existiu uma junção de fatores: valor atrativo e a ligação com o segmento de varejo.

Entre outras empresas favorecidas pelo corte de ICMS está a Alpargatas. Vale destacar que essa companhia aparece entre as principais quedas desde ano, com desvalorização acumulada de 38%.

O setor bancário também se destacou no mês. O Bradesco surge como a instituição que se destaca. Segundo Villegas, a estratégia pode explicar a aparição dos bancos na lista. O especialista explica que o investidor deseja elevar a exposição dele no Brasil via bancos.

O mês de maio foi marcado por grande volatilidade na bolsa de valores
O mês de maio foi marcado por grande volatilidade na bolsa de valores (Imagem: Montagem/FDR)

10 ações que mais caíram em maio

  1. Magazine Luiza ON (MGLU3): -23,77%
  2. Hapvida ON (HAPV3): -23,38%
  3. Petz ON (PETZ3): -20,35%
  4. CVC Brasil ON (CVCB3): -17,65%
  5. Inter Banco UNIT (BIDI11): -17,01%
  6. Marfrig ON (MRFG3): -16,64%
  7. Americanas ON (AMER3): -16,25%
  8. WEG ON (WEGE3): -15,71%
  9. Banco PAN PN (BPAN4): -14,47%
  10. Qualicorp ON (QUAL3): -13,74%

O top 10 das piores ações de maio ficou bastante diversa, com companhias do varejo, tecnologia, bancos, segmento de saúde e frigorífico.

Os altos juros seguem impactando varejistas como Magalu, Americanas e Petz. Isso porque a elevação das taxas desestimula o consumo. Diante da inflação constante, o Banco Central vem aumentando a Selic, que está, atualmente, em 12,75% ao ano.

A concorrência também é outro fator de atenção. Ao Valor, a sócia e analista da Nord Research, Danielle Lopes, afirma que a Magazine Luiza tem enfrentado uma competição maior, com concorrentes como Mercado Livre e Shopee.

Esse cenário faz com que diminua o volume de vendas — e impacte os resultados da companhia.

Outro destaque negativo no mês foi a Marfrig, que nem tinha aparecido na lista das piores quedas de abril. De acordo Danielle, o mercado não se agradou dos números registrados no primeiro trimestre da empresa.

Como a Marfrig registrou diminuição de lucro, foi observada uma procura por concorrentes no setor. Neste sentido, houve uma migração de investimentos para a JBS — que possui operações mais diversificadas.

Entre na comunidade do FDR e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.